CRIME COMPLETA 25 ANOS SEM RESPOSTA: Vídeo-‘Para a Justiça é um cachorro jogado na rua’, diz mãe

CRIME COMPLETA 25 ANOS SEM RESPOSTA: Vídeo-‘Para a Justiça é um cachorro jogado na rua’, diz mãe
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Morte de 3 menores no Beco do Candeeiro completa 25 anos nesta segunda-feira (10) e ainda não houve penalidade aos culpados. Pais, familiares e pessoas que conhecem a história se reuniram na praça próximo ao local onde tudo aconteceu e cobraram resposta.

“Há 25 anos eu perdi meu filho. Ele tinha 13. Até hoje não tive uma resposta da Justiça. Peço a Deus que faça a justiça, porque os homens não têm. 25 anos e não resolveram nada, parece que foi um cachorro que mataram e jogaram na rua. Não vale para a Justiça, mas para uma mãe vale”, disse Maria da Silva, 72, a mãe de uma dos menores assassinados, enquanto segurava um buquê de flores brancas, que deixou na estátua que marca o crime.

“Quem está na Justiça hoje são só ricos, mas eles são pais e eu não desejo para ninguém sentir a dor, sofrer o que a gente está sofrendo. Porque mataram crianças, não foram bandidos”, pontua Maria.

Desde que o filho foi morto, a idosa não parou de se mudar. Ela saiu de Cuiabá porque não aguentava viver na cidade que tirou sua criança.

“Eu viajo muito. Não paro, fico andando, assim, buscando socorro, conforto”, relata.

Maria Silva afirma que agora, 25 anos depois, só tem esperança na justiça Divina, “porque Deus não escolhe”.

Em 1998, 4 jovens foram assassinados a tiros na Rua 27 de Dezembro, no centro da cidade, um deles conseguiu fugir, mas 3 acabaram falecendo. Principal acusado pelo crime é um policial militar que fazia rondas da região.

Caso teve repercussão nacional e foi julgado em 2014, mas o principal suspeito foi inocentado do crime por falta de provas. Adileu Santos, 13, Edgard Rodrigues de Arruda, 14, e Reginaldo Dias Magalhães, 16, foram mortos por volta das 20h daquele 10 de julho de 1998.

Crime virou livro-reportagem em 2020, pelas mãos do jornalista Johnny Marcus, quando o crime completou 22 anos.

Anualmente, familiares e manifestantes se reúnem em frente à escultura colocada ainda em 1998 no local para pedir justiça. Ato é promovido pelo Psicanálise da Rua, projeto de extensão da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Fórum de População em Situação de Rua da Capital.

Fonte: gazetadigital


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