Coreia do Sul suspende execução de prisão de presidente

Coreia do Sul suspende execução de prisão de presidente
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Investigadores cancelaram operação para deter Yoon Suk Yeol devido a resistência da segurança presidencial. Ele sofre processo de impeachment, acusado de insurreição por declarar lei marcial

Investigadores se reúnem próximos à residência do presidente afastado Yoon Suk Yeol para cumprir mandado de prisão.

As autoridades cancelaram nesta sexta-feira (03/01) uma operação para prender o presidente deposto sul-coreano Yoon Suk Yeol, depois de terem tido o acesso à residência dele bloqueado pela segurança presidencial.

Destituído do cargo após tentativa fracassada de impor lei marcial, ele deveria ser detido para ser interrogado.

Um porta-voz do Escritório de Investigação de Corrupção (COI), responsável por executar a prisão, disse à mídia que a operação foi cancelada por volta das 13h30 (horário local), depois que 30 funcionários do COI e 50 policiais se envolveram em um impasse de três a quatro horas com o serviço de segurança presidencial, que se recusou a fornecer acesso ao interior da casa.

“Obstrução” à execução do mandado

“Determinamos ser praticamente impossível executar o mandado de prisão devido ao confronto contínuo e suspendemos a execução devido à preocupação com a segurança das pessoas no local causada pela resistência”, disse o porta-voz citado pela agência de notícias Yonhap.

Uma centena de apoiadores do presidente deposto se reuniam ao redor da residência na tentativa de bloquear a ação dos agentes.

Apoiadores do presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, protestam contra sua prisão e tentam dificultar ação da polícia

Segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, os investigadores que foram cumprir o mandado conseguiram atravessar a barreira formada pelos apoiadores defronte à casa, entrando no complexo residencial do presidente afastado, mas foram bloqueados por uma unidade militar.

Acusação de insurreição

Na terça-feira, um tribunal de Seul emitiu um mandado de prisão para Yoon após ele não comparecer por três vezes para ser interrogado e tentar buscas em seus escritórios na capital sul-coreana.

O ex-presidente enfrenta acusações criminais de insurreição, que podem resultar até em prisão perpétua ou pena de morte. Em 3 de dezembro, declarou uma lei marcial  que restringia liberdades políticas e concedia poder aos militares, suspensa por ele seis horas depois. Ele afirma que sua iniciativa foi um ato legítimo de governança.

Yoon pode se tornar o primeiro presidente em exercício a ser preso na história da Coreia do Sul. Ele é formalmente considerado presidente até que a Suprema Corte constitucional do país acate, ou não, o impeachment impetrado pelos parlamentares.

Fonte:    dw.com.br


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