Os laços entre Pyongyang e Moscou remontam à própria fundação da Coreia do Norte, em 1948. Depois da Segunda Guerra Mundial, o regime soviético de Josef Stálin ajudou a alçar ao poder Kim Il-sung, avô do atual líder norte-coreano, Kim Jong-un. Isso contribuiu para que o regime norte-coreano fosse parecido com o soviético, mas claro, com as particularidades e as tradições coreanas.
Durante a Guerra da Coreia, nos anos 1950, Moscou apoiou o Norte contra o Sul. Nas décadas seguintes, a Rússia foi a grande aliada do regime dos Kim, financiado com generosos recursos econômicos e materiais – desde alimentos e combustíveis até maquinários e capacitação técnica.
Mas a dissolução da União Soviética, em 1991, esfriou essa relação – tanto no governo de Boris Yeltsin quanto no de Vladimir Putin. E a Coreia do Norte passou a ter apenas a China como parceiro poderoso. Os testes nucleares e de mísseis de longo alcance norte-coreanos fizeram a Rússia se distanciar ainda mais – era um momento em que Moscou não via com bons olhos a instabilidade que esses testes provocavam no mundo.
As sanções internacionais impostas em 2017 contra a Coreia do Norte e apoiadas pela Rússia restringiram a maioria das trocas comerciais do país, que ficou ainda mais isolado. Mas em 2019, Putin e Kim se encontraram em uma cúpula histórica em Vladivostok e retomaram as relações.
Desde então, o líder norte-coreano tem expressado publicamente seu apoio a Moscou. Ele chegou a dizer que a cooperação entre os dois países chegou a, entre aspas, seu “nível máximo em uma frente comum contra as forças hostis”. Neste vídeo, nossa repórter Giulia Granchi explica o que motivou essa guinada nas relações.
Assista e confira.
BBC NEWS BRASIL