Há pouco mais de um século, dois homens se sentaram com um mapa, régua e lápis para definir as bases de um acordo que teria influência crucial nos rumos do Oriente Médio. Em uma reunião secreta durante a Primeira Guerra Mundial, estava de um lado Mark Sykes, representante do Império Britânico, e do outro, François Georges-Picot, enviado diplomático da França.
As duas potências colonialistas queriam aproveitar um vácuo de poder na região pra fazer valer seus interesses. Os dois lados então organizaram uma partilha do território: Líbano e Síria ficariam com os franceses, e Iraque, Transjordânia e Palestina sob controle do Reino Unido. As atuais fronteiras do Oriente Médio mudaram bastante em relação ao tratado que entrou pra história com o nome desses dois diplomatas. Mas ele foi considerado determinante nos conflitos sangrentos que a gente testemunha até hoje.
Neste vídeo, a repórter Julia Braun, da BBC News Brasil em São Paulo, explica em quatro pontos o que foi o acordo de Sykes-Picot e por que ele é importante para explicar as disputas atuais entre israelenses e palestinos.
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