Preços caíram devido à combinação negativa entre o dólar e Chicago. Os prêmios seguem favoráveis, mas não conseguem compensar
Os produtores brasileiros de soja aproveitaram os repiques de agosto para acelerar o ritmo das negociações. Houve uma boa evolução durante o mês passado, principalmente devido ao câmbio.
Contudo, na comparação com a média, o percentual negociado ainda está abaixo, refletindo a recente queda nas cotações.
A comercialização da safra 2023/24 de soja do Brasil envolve 77,5% da produção projetada, conforme relatório de Safras & Mercado, com dados recolhidos até a última sexta-feira (9). No relatório anterior, com dados de 5 de julho, o número era de 71,8%
Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 75,6% e a média de cinco anos para o período é de 82,2%. Levando-se em conta uma safra estimada em 151,55 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 117,07 milhões de toneladas.
Comercialização antecipada
Ao se considerar uma safra de 171,5 milhões de toneladas em 2024/25, Safras projeta uma comercialização antecipada de 18,2%. Em igual período do ano passado, a venda adiantada era de 13,9% e a média para o período é de 22,7%. No relatório anterior, o número era de 14,6%.
Na semana, o mercado teve poucas ofertas. Alguns lotes para a safra 2024/25 foram negociados.
Os preços caíram devido à combinação negativa entre o dólar e Chicago. Os prêmios seguem bem favoráveis, mas não conseguem compensar. Os produtores devem ficar afastados no curto prazo. Há bastante disparidade entre ofertas de compra e venda.
Relatório do USDA
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá cortar as suas estimativas para a safra e os estoques finais dos Estados Unidos em 2024/25. O relatório mensal de agosto do USDA para oferta e demanda norte-americana e mundial será divulgado na segunda (12), às 13h.
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 472 milhões de bushels em 2024/25. Para 2023/24, o mercado aposta em número de 347 milhões de bushels. Em julho, a previsão do USDA era de 435 milhões e 345 milhões, respectivamente.
Para a produção, o mercado espera um número de 4,469 bilhões de bushels para 2024/25. Em julho, o Departamento apontou safra de 4,435 bilhões de bushels.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2024/25 de 127,6 milhões de toneladas. Em julho, o número ficou em 127,8 milhões.
Para 2023/24, a expectativa do mercado é de número de 110,9 milhões, abaixo dos 111,3 milhões indicados no mês passado.
Fonte: canalrural.com.br