Durante coletiva de imprensa da Operação Kuron, na manhã desta terça-feira (4), os delegados Diego Alex Martimiano da Silva e Edson Arthur Teixeira Peixoto, da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERFVA), afirmaram que a Toyota Hilux que estava com o secretário coronel César Augusto de Camargo Roveri foi furtada da mesma maneira que as outras caminhonetes subtraídas por membros de uma quadrilha especializada neste crime. No entanto, a Polícia Civil ainda não identificou o autor deste furto.
Hilux da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) foi furtada em maio deste ano, em Cuiabá, enquanto estava no estacionamento do restaurante ao lado do Posto Bom Clima, por volta das 20h. O secretário César Augusto Roveri disse que parou o veículo no estacionamento para ir à conveniência e quando retornou a caminhonete não estava mais lá. Este fato chamou a atenção da Derfva.
“Na data de hoje foi deflagrada a operação Kuron fase 2, que busca coibir o furto de caminhonetes aqui na cidade. Nós percebemos nos últimos meses um aumento exponencial no furto de caminhonetes, principalmente do modelo Hilux. Dezenas de caminhonetes, inclusive, por exemplo, foi furtada a caminhonete da Secretaria de Segurança Pública, que era uma Hilux, que foi recuperada por uma equipe da DERFVA, então este é um fato que nos trouxe muita preocupação”, disse o delegado Diego Alex Martimiano da Silva.
Ele afirmou que foi criada uma força tarefa na Derfva com o intuito de combater estes furtos. A polícia também crê que os envolvidos neste tipo de crime tenham ligação com facção criminosa.
“A gente acredita que se trata do mesmo grupo porque é a mesma modalidade de furto, uma modalidade muito específica, precisa de um determinado aparelho, então como houve prisões na primeira fase a gente acredita que eles repassaram as funções para outras pessoas que estão sendo presas agora na segunda fase”, disse o delegado Edson Arthur Teixeira Peixoto.
Ele explicou que as vítimas eram escolhidas aleatoriamente, quando os veículos eram avistados, e que por isso os suspeitos alugaram casas em bairros nobres da capital, já que, considerando o valor da Hilux, é onde mais se encontra o veículo.
“O caso do secretário, eu não tenho ainda como te falar que uma das pessoas que foi presa hoje estava envolvida especificamente naquele furto. As investigações continuam, estamos ainda em diligências para identificar a pessoa que realizou aquele furto, mas o modus operandi é o mesmo e possivelmente, talvez, tenha relação sim. A modalidade do furto é a mesma”.
Delegado Diego Alex Martimiano da Silva ainda explicou como funcionava o furto, que a Hilux era escolhida também por ser um veículo mais fácil de se violar e para ligar o veículo utilizavam um aparelho específico.
“Não sei se é um problema de segurança da caminhonete ou o que acontece, mas nos vídeos que temos analisado dos furtos, o meliante consegue abrir a caminhonete com uma chave de fenda, insere a chave de fenda no local da chave, vira e em 10 segundos a caminhonete está aberta. Quase todo vídeo é bem similar, a gente vê o assaltante com a mochila, que dentro está o aparelho, pega uma chave, vira, em 10 segundos abre e aí, nas Hilux, eles desencaixam o painel rapidamente, inserem esse aparelho, é como se fosse uma central virgem, com um botão liga, então é questão de minutos, muito rápido este furto”.
Fonte: www.gazetadigital.com.br