Câmara fecha detalhes da reforma tributária. Entenda o que deve mudar

Câmara fecha detalhes da reforma tributária. Entenda o que deve mudar
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Governo federal apresentou duas propostas para regulamentar a reforma tributária, e uma deve ser votada ainda neste semestre

Câmara dos Deputados tem empenhado os últimos esforços antes do recesso parlamentar para discutir os detalhes dos dois textos apresentados pelo Ministério da Fazenda para regulamentar a reforma tributária, aprovada no ano passado. Os congressistas já apresentaram os dois relatórios e estão em busca de acertar as minúcias dos textos.

Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 68/24, primeiro texto entregue, estabelece a Lei Geral do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto Seletivo

Regulamentação geral

Os deputados do primeiro grupo de trabalho, do PLP nº 68/24, se encontraram na segunda-feira (8/7) com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para acertar os detalhes da votação da proposta, prevista para esta semana. Os parlamentares também buscam o Ministério da Fazenda a fim de tratar das especificidades do tema.

O relatório da matéria foi apresentado na semana passada, quando ganhou grande repercussão por não incluir a proteína animal entre os itens da cesta básica nacional de alíquota zero. Atualmente, a carne, seja ela de frango ou boi, está fora da lista

Os produtos da cesta básica serão isentos do Imposto sobre Valor Adicionado (IVA), que irá aglutinar IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS. O novo imposto será formado pelo CBS e IBS, e a alíquota média prevista pelos deputados é de 26,5%, mas o percentual pode ser alterado no decorrer da tramitação do texto na Câmara e no Senado Federal.

Além disso, os deputados incluíram carros elétricos e apostas esportivas no Imposto Seletivo, conhecido também como “imposto do pecado”..

Comitê Gestor do IBS

Os deputados do segundo grupo da reforma tributária consolidaram a versão encaminhada pelo governo e apresentaram o relatório final na segunda. No entanto, Arthur Lira indicou que a proposta deverá ser analisada apenas em agosto, depois do recesso parlamentar.

Um dos principais pontos apresentados pelos deputados é a volta da incidência do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) a planos de previdência. No relatório, os deputados mantiveram inalterada a alíquota máxima do ITCMD, hoje em 8%.

Pelo relatório do grupo de trabalho, que ainda pode ser alterado, o ITCMD será cobrado apenas para aportes na previdência com menos de cinco anos, a contar do início da contribuição até a ocorrência do fato gerador.

Para os deputados, é necessário adotar uma medida para evitar que pessoas físicas migrem para os planos Gerador de Benefício Livre (PGBL) e Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), para escapar da tributação.


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