A recomendação de uma pesquisa qualitativa para definir o candidato a prefeito de Cuiabá pelo União Brasil, entre o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, e o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, não foi digerida pelo dirigente do Legislativo. Os três tiveram a primeira reunião, na manhã de terça-feira (31), no Palácio Paiaguás, para discutir o critério da candidatura na Capital.
Garcia, prontamente, aceitou. Botelho ficou de pensar, mas se sente menosprezado por considerar a modalidade da pesquisa subjetiva. Na manhã desta quarta-feira (1), durante a sessão na Assembleia Legislativa, o deputado estadual promete se manifestar publicamente sobre o assunto.
Eduardo Botelho avalia que não se pode menosprezar o seu atual posicionamento, já que está bem à frente do correligionário na preferência do eleitorado cuiabano. O presidente da Assembleia diz que o processo eleitoral é uma corrida de longa distância e não se pode menosprezar quem já ‘está na frente e deu vários passos’. Ele entende ainda que a pesquisa qualitativa serviria em caso dos dois empatados, por não ter critérios exatos.
Para Botelho, se fosse sugerida a consulta qualitativa e quantitativa, estava tudo bem. Garcia tem a preferência do governador e da primeiradama Virginia Mendes, que já declarou que não vota no presidente da Assembleia. Por isso, o grupo pró-Botelho avalia que sondagem qualitativa avaliará mais o perfil de Fábio por ter o apoio do casal Mendes, mas não necessariamente a amplitude eleitoral.
Também é avaliado, pelo próprio Botelho, que é bem menor o índice de candidatos que saem na frente da disputa e perde a eleição, enquanto é maior o percentual dos postulantes que estão lá atrás e acabam derrotados. Na segundafeira (30), em um evento liderado pela primeira-dama, Fábio Garcia foi citado por militantes mulheres do União Brasil como prefeito, ato em que Eduardo Botelho não estava presente e a maioria do público era composto por servidores com cargos comissionados do Poder Executivo.
De outro lado, a família Campos e a bancada estadual demonstram a preferência por Botelho. Segundo Jayme Campos, é mais do que justo que Botelho buscar outra agremiação para a sua candidatura, caso não seja o candidato do União. ‘O deputado Botelho tem sentido dificuldade na sua permanência do partido. […] se o Botelho não tiver espaço, acho mais do que justo o partido dar uma carta de alforria para ele’, disse.
‘Se precisar, eu como vice-presidente do diretório nacional em Brasília, vou levar essa proposta para o diretório dar para ele esta possibilidade de ser candidato por outra agremiação’, completou.
Já o deputado Júlio Campos disse, em entrevista ao Jornal do Meio Dia, na TV Vila Real, que tem preferência pelo nome do presidente da AL. Caso Botelho deixe o partido, Júlio promete se licenciar do União para apoiar a candidatura de Botelho.
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Fonte: gazetadigital.com.br