O secretário municipal de Saúde de Várzea Grande, Gonçalo de Barros, afirmou que vai se reunir com o Comitê de Enfrentamento da Covid-19 e defender o uso de máscara do município, na próxima quarta-feira (9). Segundo explica, a máscara só deveria ser liberada quando 70% da população tiver completado a cobertura vacinal.
A discussão acontece após o governador Mauro Mendes (União Brasil) assinar decreto, retirando a obrigatoriedade do uso de máscara em Mato Grosso. Cabe aos municípios decidir se adotam ou não a medida.
Por sua vez, o secretário defendeu que a população várzea-grandense ainda não atingiu a cobertura vacinal ideal para poder andar sem máscara.
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“Temos 99,5% da população vacinável de 12 anos acima já com a primeira dose. Desses 80% tomou a segunda dose, e nós estamos com 41% que compareceu para tomar a terceira dose. Então a meta seria pelo menos 70% da população vacinável com a cobertura completa”, disse.
Segundo aponta, a máscara ainda é um símbolo do cuidado contra a transmissão do novo coronavírus e suas variantes. Caso não seja mais obrigatório, a população poderá entender que acabou a pandemia, o que não corresponde à realidade.
Gonçalo afirma que a responsabilidade social no país é muito baixa.
“Tirou a máscara do rosto, acontece igual no EUA, que veio a segunda onda terrível. Esse é o receio e cuidado. É preciso fazer a conscientização da população, que ainda existem medidas de segurança que precisa continuar. A responsabilidade social, lamentavelmente, é muito baixa, então a gente precisa ter um controle melhor dessa situação”.
Ele cobra também pela adesão da vacinação. Um exemplo do secretário é sobre a população idosa, que compareceu em massa na segunda e terceira dose. Mas, por outro lado, poucas crianças foram imunizadas contra a covid-19.
“Temos 33% população de 5 a 11 anos com primeira dose. A população da terceira idade, acima de 65 anos, 97% que tomou a primeira dose comparece pra segunda dose, e quase 80% compareceu pra tomar a terceira. E é essa cobertura que controlou as complicações e óbitos nessa população com a idade mais acima”, exemplifica.
Fonte: gazetadigital.com