Chegou o Natal, momento em que celebramos o nascimento de Jesus Cristo, na cidade de Belém, há mais de 2 mil anos. Jesus que se tornaria o mais importante líder religioso do planeta, seguido por bilhões de fiéis, nasceu de uma forma absolutamente simples, sem nenhum luxo e nenhuma pompa. Além de Maria e José, ninguém parecia ter consciência da importância daquele nascimento.
Entretanto, pouco depois de seu nascimento, Jesus foi visitado por três reis magos, que lhe trouxeram presentes e o adoraram como o futuro rei dos judeus. E essa história, em especial, atraí até hoje a atenção de astrônomos, porque segundo os magos, eles foram alertados por uma brilhante estrela, a chamada “Estrela de Belém”, que surgiu no leste indicando o nascimento de um novo rei. Então, qual seria a explicação astronômica para a Estrela de Belém? Seria realmente uma nova estela ou algum outro fenômeno celeste que guiou os reis magos.
Lamentavelmente, durante séculos, não era permitido aos homens, buscar explicações para os “milagres de Deus”. Então, esse assunto só foi melhor estudado muito recentemente. Várias hipóteses foram levantadas, e várias dúvidas permaneceram.
Um dos principais complicadores neste estudo é a divergência na contagem do tempo pelos povos. O calendário hebráico adotado na Judéia não era o mais preciso dos calendários e não era sincronizado com o calendário juliano, o oficial de Roma. Por isso, não está certo se Jesus teria nascido exatamente 2022 anos atrás.
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Uma nova estrela
A explicação menos provável para o fenômeno astronômico que guiou os reis magos, é que fosse realmente o nascimento de uma nova estrela. Isso porque esse tipo de fenômeno é algo muito raramente observado. Praticamente todas as estrelas visíveis a olho nu em nosso céu noturno estão em um raio de apenas 2 mil anos-luz da Terra e não se conhece nenhuma estrela nessas proximidades que tenha nascido há menos de 100 milhões de anos. E por mais que não exista certeza quanto a data de nascimento de Cristo, não me parece que seja um erro tão grande assim.
Uma conjunção planetária
Uma das hipóteses mais consideradas ultimamente, e que foi muito falada uns anos atrás, é que a Estrela de Belém, na verdade, não seria uma estrela e sim, uma conjunção de planetas. Por essa teoria, os planetas Vênus e Júpiter, os mais brilhantes do céu noturno, teriam ficado tão próximos que se pareceram uma única estrela bem mais brilhante. Só que o brilho somado de Vênus e Júpiter não é algo tão extraordinariamente mais brilhante. E, além disso, conjunções tão próximas, ao ponto de serem percebidas como um único astro, só seriam visíveis por algumas horas e nós sabemos que a Estrela de Belém guiou os magos por várias noites.
Explosão de supernova
Entre as explicações mais aceitas para o fenômeno que levou os reis magos do oriente até Belém, está a que eles teriam observado uma explosão de supernova. Quando estrelas muito massivas chegam ao final de sua vida, elas colapsam e explodem em um evento extremamente energético e luminoso chamado de supernova. Uma supernova pode brilhar mais intensamente que toda sua galáxia e ela pode ser uma explicação muito boa não só por isso.
E é aí que vamos para a nossa hipótese mais provável: um cometa!
Um cometa
Em várias culturas distintas, os cometas sempre foram vistos como mensageiros de Deus, normalmente eram interpretados como mal presságios, que antecediam catástrofes, guerras ou o fim de um reinado. Mas por que Deus enviaria um cometa, sinal de mal presságio, para anunciar algo tão bom quanto o nascimento de seu filho?
Tudo é uma questão de perspectiva. A chegada de Jesus, profetizado na Bíblia como “O Rei dos Judeus”, não deixou muito feliz Herodes, o rei da Judéia naquela época. Na verdade, ele ficou um tanto contrariado, ou melhor, bem furioso mesmo. Tanto que mandou matar todas as crianças com menos de dois anos de idade.
Mas além dessa história, bem conhecida, outro ponto que corrobora com a hipótese de que a Estrela de Belém era na verdade um cometa é que os cometas costumam se tornar brilhantes ao se aproximarem do Sol. Por isso, geralmente são avistados ao leste no final da madrugada, ou ao oeste, no início da noite. Um cometa pode ter surgido no leste e guiado os magos vindos do oriente por algumas noites até desaparecer em conjunção com o Sol.
Nenhum grande cometa, como o Halley, teve passagens próximas daquela época. O mais provável, nesse caso, é que a Estrela de Belém teria sido um cometa de longo período, ou até mesmo, um cometa que já tenha se extinguido. E existe um candidato com essas características que foi registrado pelos chineses por volta do ano 5 antes de Cristo, algo realmente próximo do nascimento de Jesus, principalmente considerando as diferenças de calendário entre chineses hebreus e romanos.
De fato, talvez nunca cheguemos a uma explicação astronômica definitiva para a Estrela de Belém. Mas não importa. Tão bela quanto a ciência por trás desta história, é a mensagem de amor e de esperança que ela nos traz.
Que a luz das estrelas e dos cometas, continue guiando a humanidade em sua busca pelo conhecimento e por um mundo de paz.
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Fonte: olhardigital.com.br