A polícia argentina prendeu na província de Córdoba vários familiares do narcotraficante equatoriano José Adolfo “Fito” Macías, fugitivo da Justiça e considerado um dos responsáveis pela onda de violência que assola o Equador, informaram fontes de segurança citadas pela imprensa local.
Os detidos na operação realizada na noite de quinta-feira (18/01) haviam alugado uma casa no Valle del Golf, um condomínio privado de Malagueño, na periferia da cidade de Córdoba, mediante pagamento em dólares e em dinheiro, segundo o jornal La Voz del Interior. Como fonte, o veículo cita Alberto Bietti, diretor de inteligência criminal da polícia de Córdoba, responsável pela investigação junto com a Força Policial Antinarcotráfico.
Embora identidade e número de detidos não tenham sido divulgados oficialmente, a imprensa local indica se tratar de oito pessoas, entre elas a esposa de Fito, Inda Mariela Peñarrueta Tuarez, e três de seus filhos.
Os demais detidos, segundo o jornal La Nación, são uma empregada doméstica, Denny Yadira Laines Basurto, Javier Macías Alcívar, sobrinho do narcotraficante, e Ángel Zambrano Chiquito, amigo da família.
Segundo a imprensa argentina, os detidos foram levados da casa de Malagueño para a Direção Provincial de Aeronáutica, de onde embarcaram em um avião com destino a Buenos Aires e depois foram deportados para o Equador.
Operação de quatro dias
A ministra da Segurança argentina, Patricia Bullrich, deverá realizar nesta sexta-feira uma coletiva de imprensa para informar sobre a “megaoperação” iniciada há cerca de quatro dias.
De acordo com o jornal La Nación, a Direção Nacional de Migrações (DNM) interveio no caso após confirmar que as pessoas que viviam no bairro exclusivo eram familiares do fugitivo da justiça do Equador, decidindo então por expulsar do país a esposa e filhos de Fito.
Fito é o líder de Los Choneros, uma das gangues criminosas armadas apontadas pelo governo equatoriano como responsáveis pela onda de violência que assola o país e que inclui o assassinato do promotor de justiça César Suárez nesta quarta-feira em Guayaquil.
Condenado em 2011 a 34 anos de prisão por tráfico de drogas, crime organizado e homicídio, Fito, a quem são atribuídas ligações ao cartel mexicano de Sinaloa, já protagonizou diversas fugas. A última delas se deu em 7 de janeiro, após a qual se seguiu uma escalada de violência que levou o governo do Equador a declarar o estado de exceção e a existência de um conflito armado interno no país.
Fonte: dw.com