Análise: São Paulo volta a ser vítima do ataque fatal do Flamengo, desta vez no Maracanã

O São Paulo foi novamente competitivo contra o Flamengo nesta quarta-feira, pela partida de volta da semifinal da Copa do Brasil. O time comandado por Rogério Ceni dominou o rival diante de mais de 60 mil pessoas no Maracanã no início do primeiro tempo, mas não conseguiu converter sua superioridade em gols e acabou vítima do letal ataque rubro-negro.

Ao longo dos 90 minutos o São Paulo finalizou 16 vezes. Já o Flamengo deu apenas oito chutes no gol. O time comandado por Rogério Ceni também teve mais posse de bola (55%), mas pouco agrediu o rival rubro-negro com a bola no chão, abusando das bolas alçadas na área.

Assim como aconteceu no jogo de ida, no Morumbi, o Flamengo soube aproveitar as poucas chances que teve na partida pela qualidade do seu elenco. Ainda no primeiro tempo, Arrascaeta, com sua categoria habitual, deu um toque sutil para vencer Jandrei e abrir o placar no Maracanã depois de o São Paulo ter incomodado bastante os donos da casa.

Antes do gol marcado pelo uruguaio, Igor Vinícius chegou a ter a oportunidade de abrir o placar para o São Paulo, o que poderia dar um rumo diferente para o jogo, mas o lateral-direito, mesmo dentro da área, bateu por cima do gol, frustrando a torcida tricolor.

Apesar de ter cometido muitos erros técnicos ao longo dos 90 minutos, o time do São Paulo demonstrou um espírito aguerrido dentro de campo, mesmo com todas as limitações e diante do melhor time da América do Sul na atualidade. O abismo entre os dois elencos, porém, ficou escancarado nos dois jogos da semifinal da Copa do Brasil.

A eliminação no torneio, entretanto, pode ser positiva para o São Paulo nesta reta final de temporada. Bastante desgastado, o elenco comandado por Rogério Ceni terá mais tempo para descansar e se preparar para uma volta por cima no Campeonato Brasileiro e também para a grande final da Copa Sul-Americana, que acontece no dia 1 de outubro, contra o Independiente Del Valle, do Equador, em Córdoba, na Argentina.

No Brasileirão, a situação do Tricolor é bastante incômoda. O time figura na 13ª colocação, com 31 pontos, a apenas cinco do Cuiabá, primeiro time a integrar a zona do rebaixamento, e a 12 do Athletico-PR, último time do G6, grupo que garante vaga na próxima edição da Copa Libertadores, que é o principal objetivo do clube na atual temporada.