Marcelo Baseggio
O São Paulo foi derrotado pelo Cruzeiro na noite deste sábado, por 1 a 0, no Independência, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Tricolor produziu o suficiente ao longo dos 90 minutos para não perder, mas não conseguiu superar o sólido sistema defensivo do adversário, que, vindo de sete jogos sem vitória, resolveu se fechar e aguentar a pressão dos comandados de Dorival Júnior.
O São Paulo não começou o jogo na mesma rotação que o Cruzeiro e, por isso, acabou sofrendo o gol logo aos três minutos do primeiro tempo, graças ao lateral-direito Rafinha, que jogou contra a própria meta ao tentar interceptar o cruzamento da direita. Depois disso, porém, o Tricolor não correu muitos riscos, com exceção ao lance em que Wesley saiu mano a mano com o goleiro Rafael, e dominou o jogo.
O São Paulo teve 69% de posse de bola, contra apenas 31% do adversário, mas teve sérias dificuldades para chegar ao gol. Com um forte sistema defensivo do outro lado, sobretudo no segundo tempo, quando o Cruzeiro atuou com uma primeira linha defensiva com cinco atletas, o Tricolor rodava a bola de um lado para o outro, porém, não encontrava espaços para infiltrações.
O que mais chama atenção é que o Cruzeiro não deu um único chute no alvo e, ainda assim, saiu de campo com a vitória. Do outro lado, o São Paulo viu Rafael Cabral protagonizar grandes defesas para evitar um placar adverso. Sem dúvidas, o goleiro cruzeirense foi o grande nome do jogo.
Mais uma vez ficou evidente a necessidade de o São Paulo contratar jogadores dribladores, que se destaquem no um contra um, que sejam capazes de quebrar as linhas defensivas adversárias através do improviso, características que, hoje, o técnico Dorival Júnior não tem no elenco.
Recentemente a diretoria são-paulina tentou a contratação de Marinho, mas acabou perdendo o jogador para o Fortaleza. O clube segue atento para aproveitar oportunidades de mercado, mas, pela difícil situação financeira que possui, tem muitas dificuldades para atender às demandas de Dorival Júnior.
Enquanto os tão sonhados dribladores não desembarcam no Morumbi, o treinador do São Paulo terá a difícil missão de manter seu time competitivo independentemente das circunstâncias. Em algumas delas, esse tipo de jogador fará mais falta que em outras. A partida contra o Cruzeiro foi um exemplo. De qualquer forma, o Tricolor foi superior e produziu o suficiente para, ao menos, empatar, um consolo para quem foi derrotado por um time que não vencia há sete jogos.
Fonte: www.gazetaesportiva.com
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