O Inmet emitiu recentemente um alerta para baixa umidade na maior parte do país — uma área que abrange quase todo o Sudeste e Centro-Oeste e parte do Nordeste. Quem mais sofre com o tempo seco são o seu nariz, olhos e garganta, com irritações e até sangramentos. Veja, abaixo, como funciona a queda na umidade e como proteger seu organismo.
O que é a umidade do ar?
A umidade do ar é um fator climático de grande importância para a saúde humana, afetando diretamente o bem-estar e podendo desencadear uma série de problemas respiratórios e outros desconfortos.
O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) define a umidade relativa do ar como a quantidade de vapor de água presente na aatmosfera em relação à quantidade máxima que poderia existir, considerando a temperatura vigente. Níveis mais baixos de umidade são comuns no final do inverno e início da primavera, bem como durante a tarde, entre 12h e 16h
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a faixa de umidade ideal para o organismo humano situa-se entre 40% e 70%. Quando essa taxa cai para 30%, já se configura uma situação de alerta, com prejuízos evidentes para a saúde…
Impactos da baixa umidade do ar na saúde
A baixa umidade do ar afeta de forma significativa o organismo humano. Garganta irritada, sangramento nasal, doenças respiratórias (como rinite e asma), dor de cabeça, sensação de areia nos olhos e pele ressecada são alguns dos sintomas que podem surgir
O Ministério da Saúde alerta que a água desempenha um papel fundamental para o funcionamento do corpo, regulando a temperatura, eliminando toxinas, transportando nutrientes e lubrificando as mucosas.
Quando a umidade é insuficiente, o corpo fica com menos água para executar suas funções, tornando-se mais vulnerável. As vias aéreas se ressecam, comprometendo a produção de muco no nariz e facilitando a entrada de vírus e bactérias, aumentando o risco de contágio de doenças
Impacto em pessoas com doenças respiratórias
Indivíduos que já sofrem com doenças respiratórias, como rinite e asma, são particularmente afetados pela baixa umidade do ar. A falta de umidade agrava esses problemas, tornando o nariz e os pulmões menos eficazes e intensificando os sintomas
A baixa umidade também propicia a propagação de vírus e bactérias, que sobrevivem melhor nessas condições. Isso aumenta a preocupação com epidemias de gripes e resfriados
Medidas preventivas
Para manter o bem-estar em períodos de baixa umidade do ar, o Hospital de Clínicas de Campinas e a Faculdade de Medicina da Unicamp elaboraram um guia preventivo com base nos níveis de umidade.
Estado de Atenção (20% a 30% de umidade):
Evitar exercícios ao ar livre entre 11h e 15h;
Umidificar o ambiente com vaporizadores, toalhas molhadas e recipientes com água;
Permanecer em locais protegidos do sol, preferencialmente com sombra de árvores;
Consumir água abundantemente.
Estado de Alerta (12% a 20% de umidade):
Seguir as recomendações do estado de atenção;
Evitar exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10h e 16h;
Evitar aglomerações em ambientes fechados;
Usar soro fisiológico para umidificar olhos e narinas
Estado de Emergência (abaixo de 12% de umidade):
Seguir as recomendações anteriores;
Suspender atividades em ambientes fechados com aglomeração, como aulas e cinemas, entre 10h e 16h;
Manter ambientes internos úmidos, especialmente em quartos de crianças e idosos…
***Além disso, é importante afastar poeira, ácaros e mofo, que aumentam as doenças respiratórias nesse período:
Manter os ambientes internos arejados;
Recomenda-se o uso de aparelhos para purificação do ar;
Evitar carpetes e cortinas que acumulem poeira;
Evitar roupas e cobertores de lã ou com pelos;
Cobrir colchões, travesseiros e almofadas com plásticos;…
Armazenar livros e objetos em armários fechados;
Limpar a casa com pano úmido;…
Evitar produtos de limpeza com cheiro ativo;
Evitar permanecer em cômodos úmidos ou com acúmulo de poeira;
Manter animais de pelo ou pena fora de casa;
Proibir o fumo em ambientes internos…
Fonte: matogrossosaude.mt.gov.br