Investigação da Polícia Federal aponta que patrimônio cresceu exponencialmente nos últimos anos
O suspeito que foi preso nesta segunda-feira (16), acusado de tráfico de drogas, pretendia criar uma rede de postos para lavar dinheiro, aponta investigação da Polícia Federal.
Ele é proprietário de dois postos, entre eles o Jumbo, que dá nome à operação, localizado na Rodovia Palmiro Paes de Barros, em Cuiabá. Há ainda um terceiro posto, que está no nome de uma pessoa, mas que a PF acredita pertencer de fato a ele.
Conforme a PF, a organização agia dividida em dois núcleos – um empresarial e outro de atuação direta no tráfico.
O dono do posto fazia parte do primeiro grupo e é apontado como um dos principais alvos da ação. Ele também mantinha contato quase que diário com membros da facção Comando Vermelho.
“A principal hipótese é que ele tenha usado o dinheiro do tráfico de drogas para comprar o posto. O primeiro que ele comprou foi o Jumbo”, disse o delegado responsável pela operação, Jorge Vinicius Gobira Nunes.
Conforme o delegado, antes de adquirir o estabelecimento, ele era taxista e não teria dinheiro somente desse trabalho para a compra do estabelecimento, que é avaliado em R$ 6 milhões.
Os negócios do tráfico mantiveram crescimento exponencial, principalmente a partir de 2021. Os responsáveis, além dos três postos, já tinham salas comerciais e uma mineradora em Cuiabá.
O total da movimentação é de R$ 350 milhões em quatro anos. O valor envolve o tráfico e os lucros dos comércios.
A operação
Até o momento, a PF cumpriu cinco dos oito mandados de prisão preventiva e 29 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de diversos bens.
A ação é realizada em Cuiabá, Várzea Grande, Mirassol D’Oeste, Poconé e Pontes e Lacerda.
Conforme as investigações, a organização criminosa adquiria a cocaína no município de Porto Esperidião, acondicionava em Mirassol para depois distribuí-la em Cuiabá.
Fonte: www.midianews.com.br