MT: BIOMA ENVENENADO: Justiça nega prisão preventiva para desmatador químico do Pantanal

MT:  BIOMA ENVENENADO:   Justiça nega prisão preventiva para desmatador químico do Pantanal
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Claudecy Lemes é acusado de megadesmate no bioma para plantar capim e fazer pasto para gado

Num interrogatório na Polícia Civil, dia 16, o fazendeiro optou em permanecer em silêncio sobre o megadesmate químico no bioma

A Justiça de Mato Grosso negou, na quarta-feira (17), pedido do Ministério Público Estadual e rejeitou a prisão do fazendeiro Claudecy Oliveira Lemes.

Ele é acusado de ter feito um megadesmate químico no Pantanal de Mato Grosso para plantar capim e fazer pasto para gado.

O caso foi revelado pelo programa Fantástico, da TV Globo, no último domingo (14).

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No dia seguinte, o MPMT recorreu da decisão que indeferiu o pedido de prisão preventiva do pecuarista, investigado por desmate químico em áreas que totalizam 81 mil hectares, no Pantanal Mato-grossense.

Ele terá que pagar R$ 5,2 bilhões, entre multas aplicadas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e valoração do dano ambiental.

Na decisão em que rejeito o pedido do Ministério Público, o juiz João Francisco Campos escreveu que a aplicação de medidas cautelares, no lugar da prisão do fazendeiro, seria “adequada para atingir os pretensos fins” da investigação.

O magistrado determinou a suspensão das atividades econômicas nas fazendas de Lemes, proibiu que o fazendeiro tenha contato com testemunhas e que se ausente de Barão de Melgaço (114 km ao Sul de Cuiabá), cidade onde mora.

Apesar de ter concordado com a investigação feita pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Mato Grosso, o juiz alegou que “a prisão preventiva é medida de extrema exceção” e não se aplica a este caso.

Claudecy Oliveira Lemes tem 11 fazendas em Barão de Melgaço, e a áreaque ele desmatou equivale ao tamanho da cidade de Campinas (SP).

Para conseguir transformar a área em pastagem, o fazendeiro fez despejou herbicidas, ao longo de três anos, com uso de aeronaves, segundo as investigações.

As notas fiscais apreendidas pela Polícia Civil revelam que, só com a compra de agrotóxicos, ele gastou R$ 25 milhões.

Num interrogatório na Polícia Civil, dia 16, o fazendeiro optou em permanecer em silêncio, sobre as condutas em apuração, que ocasionaram a mortandade de espécies arbóreas com o uso irregular reiterado de agrotóxicos em área de vegetação nativa.

Fonte:  diariodecuiaba.com.br


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