Ela é uma das pesquisadoras mais reconhecidas do país em seu ramo de atuação
Rosy Mary dos Santos Isaias atua na área da Botânica
Rosy Mary dos Santos Isaias é a primeira pesquisadora negra a atingir o nível mais alto do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Nascida no Rio de Janeiro e integrante de uma família de classe média, a professora sempre estudou em escola pública e, aos poucos, começou a trilhar o caminho da ciência.
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Rosy Mary formou-se em Biologia, tornou-se mestra e doutora em Botânica, e hoje é uma das pesquisadoras mais reconhecidas do país em seu ramo de atuação.
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Atualmente, ela é professora no Departamento de Botânica do Instituto de Ciências Biológicas, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e professora permanente do Programa de Pós-graduação em Botânica Aplicada (PPGBot), da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
Em entrevista à Veja, a pesquisadora destacou que o espaço acadêmico ainda é pouco ocupado por mulheres e por negros, mas que aos poucos o cenário vem mudando. No entanto, ao longo do caminho, afirma que percebeu olhares de estranhamento por ocupar os cargos que ocupou.
— Para algumas pessoas, e isso já me aconteceu inúmeras vezes, causa estranheza o meu fenótipo na posição que ocupo. Já cheguei em reuniões em que me perguntaram quem eu estava acompanhando. Já estive em sala e alunos me perguntaram quem era o professor. São nesses momentos que nós precisamos jogar o currículo na mesa. Um colega me disse, uma vez, que com as cotas raciais, as universidades escureceram, empobreceram e emburreceram. É duro ouvir esse tipo de coisa. Nós ainda temos que matar um leão por dia — tem horas que dói, tem horas que dá vontade de chutar o balde, mas nós temos que seguir. Nós não podemos ser bons, temos que ser os melhores — destacou.
Fonte: nsctotal.com.br