Após a classificação do Grêmio sobre o Brasil de Pelotas nas quartas de final do Campeonato Gaúcho, no último domingo, o treinador Renato Gaúcho fez um forte e longo desabafo explicando o motivo para ter fechado os treinos de sua equipe para a imprensa na última semana.
“Eu não estou castigando ninguém da imprensa em fechar os portões. Vocês têm a sala de vocês, podem tomar o café de vocês, por conta do clube, podem tomar a água de vocês… Pode ir todo dia! Mas vocês precisam entender uma coisa, a Europa faz isso há muito tempo, clubes do Brasil fazem isso há muito tempo. Parece que quando pedi para fechar os portões, eu estou revolucionando o futebol gaúcho. Pode marcar e escrever, isso vai ser uma rotina nos clubes brasileiros, um vai copiando o outro”, iniciou.
“Nunca faltei respeito com ninguém de vocês. O campo, o CT, é do treinador, é nosso quintal de trabalho, lá treinamos tudo que é necessário. A pergunta que eu faço pra vocês. Qual o benefício que o clube tem em vocês estarem presente no treino? Os únicos beneficiados são vocês. Eu entendo, é o trabalho de vocês, mas muito de vocês pegam as imagens, ganham dinheiro lá fora, que eu não tenho nada a ver com isso, criticam a gente pra caramba, ganham dinheiro em cima do clube e muitas vezes a gente tem que esperar vocês saírem do clube para fazer nossos treinos secretos”, disse.
“É necessário ter mais respeito da parte de três, quatro de vocês com o clube. A crítica é válida, mas no momento que ultrapassa, e tem três,quatro pessoas aqui no Sul que ganham muito dinheiro em cima da crítica, para ganhar clique, tem uns colorados doentinhos, que eu não tenho nada contra, cada um torce pro time que quer, mas bota logo a camisa do Internacional para falar. Tem uns que falam que são gremistas, mas na verdade querem clique para ganhar dinheiro”, completou.
Já em relação à vitória sobre o Brasil de Pelotas no Gauchão, Renato Portaluppi se disse satisfeito pela postura de seus jogadores ao longo dos 90 minutos, sendo persistentes para lidar com o forte sistema defensivo adversário.
Criamos, tivemos oportunidades, fizemos um gol e, mesmo assim, o Brasil não saiu da defesa. Mata-mata são 90 minutos e tudo pode acontecer. Passei para eles [atletas do Grêmio] que o Brasil ia jogar no contra-ataque ou na bola parada, muito por conta da altura dos jogadores deles. Essas chances que não podíamos dar para eles, e não demos. Então gostei, sim, da equipe. A gente conseguiu nosso objetivo”, afirmou.
Fonte: www.gazetaesportiva.com