Hospitais Regionais de Marabá e do Baixo Amazonas alertam para a saúde dos rins

Hospitais Regionais de Marabá e do Baixo Amazonas alertam para a saúde dos rins
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As unidades marcam o Dia Mundial do Rim, nesta quinta-feira (10), com orientação para a prevenção sobre as doenças renais, que atingem 1 em cada 10 adultos

Na semana em que é celebrado o Dia Mundial do Rim, data celebrada nesta quinta-feira (10), o Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá (PA), e o Hospital Regional do Baixo Amazonas alertam para a saúde dos rins.

As duas unidades pertencem ao governo do Estado, e são referências hospitalares nas regiões em que atuam. O Regional do Sudeste do Pará é referência para mais de um milhão de pessoas de 22 municípios da região, e tem um moderno Centro de Hemodiálise, com máquinas de diálise, salas de observação, consultórios ambulatoriais e sala de diálise peritoneal. O Regional do Baixo Amazonas conta com um Centro de Terapia Renal Substitutiva, que é também referência regional.

DADOS NACIONAIS

Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) um em cada dez adultos sofrem com problemas renais no mundo, e mais de 140 mil pessoas fazem diálise no país.

A médica Ivellyn Pereira Nunes, nefrologista no HRSP, frisa que a doença renal geralmente é silenciosa, não dá sinais ou sintomas, sobretudo, no início, por isso é fundamental a prevenção.

“Sintomas como perda de apetite, inchaço nos pés, pernas ou rosto, cansaço, anemia, pressão alta, e urina com espuma escura, podem ser sinais da doença. É importante sempre consultar um especialista para o diagnóstico correto”, enfatiza a nefrologista.

Ivellyn Nunes explica que os rins filtram os produtos tóxicos que resultam da atividade celular, possuindo uma função reguladora, que contribui para a manutenção adequada de algumas substâncias existentes no sangue, como a água e os sais minerais.

“A doença renal crônica é causada principalmente por enfermidades como diabetes, hipertensão arterial, e aquelas próprias dos rins, principalmente as nefrites, que são na maioria dos casos, autoimunes”, ressalta Ivellyn.

ATENDIMENTO HUMANIZADO

A venezuelana Betzabeth Yurima, de 54 anos, é paciente renal crônica. Morando no Brasil há três anos, na cidade de Jacundá, ela realiza há um ano tratamento médico no Hospital Regional do Sudeste do Pará.

“A vida de um paciente renal não é fácil, venho três vezes na semana ao hospital e fico mais de três horas em uma poltrona fazendo hemodiálise. O que me conforta, é saber que sou sempre bem acolhida e tratada com dignidade”, conta a paciente.

Betzabeth destaca ainda diferenciais no atendimento do Regional. “Aqui temos um crachá de identificação, que dá prioridade de acesso a emergência do hospital, refeições balanceadas e atendimentos psicossociais, coisas que não vi em outras unidades de saúde”.

De acordo com Ana Thais, psicóloga do HRSP, o atendimento humanizado, estreita e solidifica a relação com os pacientes. “A humanização contribui no processo de adaptação e adesão ao tratamento. Os pacientes respondem melhor aos procedimentos clínicos e terapêuticos, e se mantêm com a saúde mental em dia”, reforça.

A Hemodiálise é o procedimento onde uma máquina filtra e limpa o sangue, executando parte do trabalho que o rim doente não pode fazer. Neste processo, são retirados do corpo os resíduos prejudiciais à saúde, como o excesso de sal e de líquidos.

“Atendemos cerca de 80 pacientes, que diariamente se deslocam de vários municípios da região, para realizar tratamento na instituição. Somos referência no interior do Pará, devido a qualidade das nossas dependências e do serviço de excelência prestado a sociedade”, ressalta James Vinicius, enfermeiro nefrologista do Hospital Regional de Marabá.

SAIBA COMO SE PREVENIR 

Pratique exercícios físicos regularmente;
Evite o excesso de sal, carne vermelha e gorduras;
Controle o peso corporal, colesterol, glicose e pressão arterial;
Não fume e não abuse de bebida alcoólica;
Mantenha-se hidratado, com a  ingestão de água regularmente

*Realize, uma vez por ano, exames laboratoriais para avaliar a saúde dos rins: dosagem de creatinina no sangue e análise de urina.

PROGRAMAÇÃO EM SANTARÉM

Seguindo a campanha nacional da Sociedade Brasileira de Nefrologia, o HRBA que é referência em atendimentos de média e alta complexidades na região inicia nesta quarta-feira (9/3), uma programação local com orientações sobre a importância da prevenção das doenças renais.

Nesta quinta-feira (10), Dia Mundial do Rim, a equipe multiprofissional da unidade fará uma ação de conscientização na Orla da Cidade.

Na região oeste do Pará, o Hospital Regional do Baixo Amazonas atende 195 pacientes em hemodiálise, com idade a partir dos 15 anos, além de 26 pacientes em diálise peritoneal, com idade a partir dos 20 anos, resultando em 2.500 sessões realizadas por mês.

Referência também em Oncologia, Neurocirurgia, Ortopedia e Traumatologia, o HRBA atende pacientes de 30 municípios do Oeste do Pará, Baixo Amazonas e Xingu.

Natural de Monte Alegre, o paciente João Adison Rodrigues de Almeida, 39 anos, faz sessões de hemodiálise há quatro anos. Hipertenso, ele conta como chegou ao diagnóstico.

“Eu comecei a me sentir fraco, inchado, pálido, não tinha apetite e cada dia que passava isso se agravava mais. Procurei um médico e na emergência descobri a doença renal crônica”.

PRINCIPAIS FATORES DE RISCO

De acordo com o médico nefrologista, Emanuel Esposito, responsável pelo serviço de Nefrologia e Transplante Renal do HRBA, os principais fatores de risco para desenvolver insuficiência renal crônica, são:

– hipertensão;

– diabetes;

– glomerulonefrite (inflamação não-infecciosa dos glomérulos dos rins);

– doenças císticas renais;

– histórico familiar de doença renal crônica;

– problemas cardiovasculares;

– obesidade;

– fumo;

– infecção urinária e/ou cálculos renais de repetição;

– uso de medicamentos que podem comprometer as funções dos rins;

– idade (acima de 50 anos).

“Neste último fator de risco, a disposição em desenvolver a doença renal ocorre porque, depois dos 40 anos, perdemos cerca de 1% da função renal, decorrente do envelhecimento natural do órgão”, alerta o especialista.

A enfermeira nefrologista, coordenadora do Centro de Terapia Renal Substitutiva do HRBA, Solange Quadros, indica os cuidados necessários no cotidiano que contribuem para a prevenção da DRC.

“Ingerir bastante líquido para eliminar as toxinas do seu corpo, praticar exercícios com frequência, principalmente se for hipertenso ou diabético, e manter uma alimentação saudável, com menos sal e gorduras”, destaca a profissional.

Outro ponto importante, segundo Solange, é o acompanhamento regular, por meio de exames de rotina. “Realize anualmente exames de dosagem da creatinina, que funciona como marcador da função renal”, recomenda.

Desde 2016, o HRBA é credenciado pelo Ministério da Saúde para realização de transplantes, tendo realizado um total de 69 transplantes de rins. João Adison é um dos brasileiros à espera de um transplante, com o intuito de voltar a ter qualidade de vida.

“Eu sempre deixo a mensagem para os meus amigos e parentes, se estão com os rins em perfeitas condições façam tudo certinho para manter a saúde deles, porque a diálise é difícil, você dependente de uma máquina para sobreviver”, alerta.

A equipe do Hospital Regional do Baixo Amazonas esclarece que a Doença Renal Crônica (DRC) se caracteriza por uma lesão irreversível nos rins. No Brasil, dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), apontam mais de 140 mil pacientes realizando diálise no País, atualmente.

O hospital é reconhecido como um dos dez melhores hospitais públicos do Brasil, segundo a Revista Exame, e possui a mais alta certificação nacional, a ONA 3 – Acreditado com Excelência, da Organização Nacional de Acreditação (ONA), entidade sem-fins lucrativos integrada à uma rede mundial que analisa a qualidade dos hospitais.

 

 

Fonte: agenciapara.com.br


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