A taxa média de juros para novas contratações encerrou o ano de 2023 em 28,4% ao ano. Em dezembro, houve uma queda de 1,7 ponto percentual em relação ao ano anterior, após o aumento de 5,6 pontos percentuais registrado em 2022.
No entanto, essa redução na taxa de juros foi acompanhada por um aumento de 0,4 ponto percentual no spread geral, que é a diferença entre a taxa de captação de recursos pelo banco e a taxa cobrada dos clientes, alcançando 19,7 pontos percentuais.
Entre os fatores que compõem a taxa de captação pelo banco está a Selic, a taxa básica de juros, que diminuiu de 13,75% para 11,75% ao longo do ano, atualmente em 11,25% ao ano.
Esses dados são provenientes das estatísticas monetárias e de crédito de dezembro de 2023, divulgadas pelo Banco Central.
Taxa média de juros
No crédito livre, onde os bancos têm autonomia para emprestar dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros, as taxas cobradas de pessoas físicas ficaram em 54,2% ao ano, representando uma redução de 1,5 ponto percentual no ano. Já as taxas para empresas atingiram 21,1% ao ano, registrando uma queda de 1,9 ponto percentual no ano.
O crédito livre às famílias alcançou R$ 1,9 trilhão, crescendo 7,9% no ano, após uma variação de 17,5% em 2022. O crédito direcionado, com regras definidas pelo governo e taxas de juros mais estáveis, apresentou expansão tanto para empresas (9,6%) quanto para famílias (13,0%) em relação ao ano anterior.
O saldo do crédito ampliado para o setor não financeiro totalizou R$ 15,6 trilhões, com uma expansão de 4,3% em relação a 2022. Enquanto isso, as operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional atingiram R$ 5,8 trilhões, com um aumento de 7,9% no ano, desacelerando em relação ao ano anterior.
Fonte: capitalist.com.br
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