Marcelo Baseggio
O São Paulo foi a campo com um esquema tático diferente nesta terça-feira, no empate em 1 a 1 com o Mirassol, fora de casa, pela segunda rodada do Campeonato Paulista. O técnico Thiago Carpini apostou em uma primeira linha defensiva com três zagueiros, tendo Diego Costa pela direita, Ferraresi centralizado e Alan Franco pela esquerda, formação que, no decorrer do jogo, acabou não dando tão certo como o comandante tricolor imaginava.
Com três zagueiros, o São Paulo teve Wellington Rato como uma espécie de ala pela direita, mas o time perdeu bastante poder ofensivo com essa formação. O meia-atacante, atuando de forma diferente da que está acostumado, não tinha um companheiro para se associar e, assim, faltou ao Tricolor profundidade pelo setor.
Mesmo não conseguindo criar inúmeras oportunidades claras de gol no primeiro tempo, o São Paulo conseguiu balançar as redes de pênalti, com Galoppo, após o zagueiro Luiz Otávio tocar na bola com o braço dentro da área. O Tricolor não vinha produzindo o suficiente para merecer o empate, mas ao menos evitou ir para o intervalo em desvantagem no placar.
Vale lembrar que rodar o elenco, dando minutagem a diversos atletas, faz parte da estratégia da comissão técnica neste início de temporada. Ou seja, a formação com a qual o São Paulo iniciou o jogo contra o Mirassol talvez não tenha sido escolhida somente por preferência tática de Thiago Carpini, mas, sim, pela necessidade de preservar alguns atletas.
Lucas e Erick, por exemplo, não viajaram para Mirassol. Igor Vinícius, que atuou os 90 minutos contra o Santo André após um ano afastado dos gramados, só entrou no decorrer do segundo tempo nesta terça-feira contra o Mirassol. E, como seu substituto nesta partida, Igor Felisberto, tem apenas 16 anos, Carpini preferiu adotar o esquema com três zagueiros.
Fato é que no segundo tempo, com Igor Vinícius na lateral direita, além das entradas de Luciano, Nikão e Juan, o São Paulo melhorou, passou a se impor mais e só não virou o jogo porque Alex Muralha estava inspirado, chegando a fazer uma defesa à queima-roupa após cabeceio de Juan dentro da pequena área.
Ainda há muito a ser trabalhado por Carpini com seus jogadores. O São Paulo tem mais dois jogos que servirão de preparação para o primeiro grande desafio do ano, a Supercopa do Brasil, no dia 4 de fevereiro, contra o Palmeiras, no Mineirão. Até lá, o comandante tricolor não só pode como deve fazer testes, analisar o comportamento da equipe com as mais variadas formações e, assim, ter mais certeza do que fazer e do que não fazer à frente da equipe.
Fonte: www.gazetaesportiva.com