Ronei Cleuber Corsino Parmejane é analista judiciário do Centro Judiciário de Soluções de Conflitos de Rondonópolis. Ele ingressou no cargo em 2016 e tem atuado da melhor maneira possível, sendo bastante elogiado pelos colegas. Ronei é Pessoa com Deficiência (PCD). Ele aproveitou a vinda do Corregedoria em Ação à comarca e fez um pedido especial. “Eu pedi que fossem feitas melhorias na acessibilidade do PJe, sinto que posso produzir mais. Como eu trabalho utilizando apenas o teclado do computador e não o mouse, preciso de alterações ou ferramentas que me permitam o acesso. Isso vai fazer com que eu desenvolva tarefas que hoje são apenas realizadas por colegas. Vai aumentar minha produtividade”, disse o analista aos magistrados e servidores.
Ele foi acompanhado do presidente e da coordenadora do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec-MT), respectivamente, desembargador Mário Kono e juíza Cristiane Padim da Silva. “Devemos dar total e irrestrita possibilidade a todos nosso servidores e magistrados. A sociedade ganha com isso. Vamos nos empenhar para realizar este atendimento”, disse o corregedor-geral da Justiça, desembargador José Zuquim Nogueira.
O segundo dia do Programa Corregedoria em Ação foi dedicado aos servidores do Polo VII. A equipe teve uma conversa franca com os servidores, ouviu e também falou. “Que nossa reunião seja proveitosa e que achemos as melhores saídas para situações que nos afligem ou dificultam a prestação do melhor serviço. Ontem fui à OAB e sempre ouvimos muitas críticas. Continuamos ouvindo, mas também pudemos verificar que estamos no caminho certo, pelo número de agradecimentos, em especial pelo trato com os advogados. O juiz faz o papel dele e o de vocês é muito importante também. Externo minha gratidão pela dedicação de vocês. Nossa equipe está aqui para ouvi-los e apoiá-los”, considerou o corregedor. O magistrado ainda se posicionou pelo direito a greve dos servidores e o Ofício-Circular nº11 de controle de produtividade. “Estamos aqui para apoiá-los em busca do melhor. Não é porque despachei o ofício aos magistrados determinando o controle da produtividade dos servidores que estou contra os Direitos de vocês. Ocorre que há certo incentivo para que os servidores continuem nos fóruns, mas deixem de movimentar os processos, fato que atingiria em cheio a sociedade, prejudicando quem mais precisa da Justiça. Devemos lutar por nossos Direitos, sem prejudicar outros. Contem comigo para isso”, acrescentou o magistrado.
“Senti uma Corregedoria, não desmerecendo as outras que já passaram, mas uma Corregedoria mais ao nosso lado, preocupada com a qualidade do trabalho, mas também de nossas condições para isto. Temos vários pedidos e também queremos saber o que ela nos traz aqui para melhorarmos nossa atuação. Sejam bem vindos”, disse o juiz diretor do foro, Renan Carlos Leão Pereira do Nascimento.
“Temos várias boas notícias. O CNJ nos autorizou a contratarmos estagiários que estejam formados e cursando alguma pós-graduação. Dependendo do caso, podem ficar até seis anos no Poder Judiciário. Eu também coordeno a Central de Processamento Eletrônico (CPE) e estamos com ela à disposição. Podemos auxiliar com scanners e mão de obra. Temos pouco mais de 27 mil processos a serem digitalizados. Logo teremos uma plataforma única” informou o juiz auxiliar da CGJ, Emerson Luis Pereira Cajango
“Gostaria de compartilhar uma preocupação em particular, pode ser que não faça muito sentido. Devemos nos preocupar na forma como alimentamos as informações. Elas precisam de qualidade. Seguimos as orientações do CNJ. Quando vocês nos pedirem servidores e magistrados, como vamos justificar se não temos os dados corretamente inseridos. A informação correta nos mostrará quantos processos estão em trâmite na vara, por exemplo. Pode nos sugerir, queremos ouvir vocês”, reforçou o juiz auxiliar da CGJ, João Thiago de França Guerra.
“Respondo pelo Extrajudicial. Ganhamos bastante com a fiscalização do Judiciário nesta área. A Regularização Fundiária que nos permite fortalecer o sistema municipal, por exemplo. Também respondo pelo processo disciplinar. Vamos zelar sempre pelo devido processo legal”, explicou o juiz auxiliar da CGJ, Eduardo Calmom de Almeida Cezar. “Minha fala não é tanto voltada aos trabalhos da Corregedoria. Estamos vivendo uma transformação e o mundo mudou bem na minha vez, como no título do livro. O antigo tem que aprender a conviver com o novo. Quem não se adaptar com isso, terá grandes dificuldades. Antes era coação, agora negociação. Há um conflito pessoal da pessoa que adora o papel e o outro que adora a tecnologia. Na Vice-Presidência só peço para que se atentem para as classificações”, disse o juiz auxiliar da Vice-Presidência, Aristeu Dias Batista Vilella.
O coordenador da CGJ, Flávio de Paiva Pinto, concluiu os discursos. “Podemos dizer que já somos reconhecidos pelo caminho já percorrido. Somos o quarto melhor Tribunal de Justiça do país. A ideia é fazermos mais, compreender a transição trazida pela Pandemia. Ela nos levou muitas coisas e pessoas importantes, mas acelerou o eletrônico em 10 anos. Locação dinâmica. Precisamos movimentar nossa mão de obra para onde ela é necessária. Também vamos continuar investindo em capacitação, ainda no primeiro semestre, melhorar e criar manuais. Abro a palavras a vocês”, convidou à participação.
“Somos bastante atuantes aqui em Rondonópolis. Além do atendimento público, particularidades para viagens, projetos dentro do Socioeducativo, oficinas, várias outras coisas. Estamos sempre criando aqui. Será muito bem vindo um manual para melhorar nossa atuação”, disse o agente da infância, Ronny Erik Marques de Castro.
“Atuar na forma preventiva e também nos afazeres gerais. Vamos construir o manual com o apoio de vocês. Ouvir a todos. Cada um com sua particularidade e é isso que vai fazer surgir um documento muito útil”, acrescentou o coordenador da CGJ, que já acrescentou novas sistemáticas de trabalho que podem surgir, como o Metaverso. O cliente entra em uma sala virtual e já é direcionado e atendido pelo setor desejado.
O corregedor ainda atendeu um grupo de oficias de Justiça. “Viemos trazer novas reinvindicações. Como sempre fomos bem atendidos pelo corregedor e sua equipe. Quero agradecer a parceria dos mandados da Fazenda Pública. A correção nas diligências”, disse o presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça Avaliadores de Mato Grosso (Sindojus/MT), Jaime Rodrigues.
Descrição das imagens:
Primeira imagem: fotografia mostrando o servidor Ronei, que é cego, e está sendo entrevistado pela equipe da Corregedoria. Ele está em pé, veste uma camisa de manga curta azul e usa máscara. O entrevistador usa camiseta braca e também está de máscara. A juiza Cristiane Padim acompanha a ação. Ela está em pé, usa blusa escura e uma saia nas cores branca e preta.
Segunda imagem: corregedor Zuquim fala ao microfone com os servidores da Comarca. Ao fundo o banner do Corregedoria em Ação.
Terceira imagem: corregedor Zuquim faz selfie com servidores de Rondonópolis.
Quarta imagem: o agente da infância Ronny Erik discursa no plenário da reunião dos servidores. Ele está sentado ao lado de outros servidores. Segura o microfone e gesticula com as mãos. Usa óculos e veste camisa na cor marrom.
#ParaTodosVerem #PraCegoVer.
Ranniery Queiroz
CGJ
TJ MT