O governador Mauro Mendes (União) declarou que não vai seguir a recomendação do Ministério Público (MPMT) para parar as obras do Bus Rapid Transit (BRT), pois o órgão não “determina”. Uma reunião acalorada foi realizada nessa quarta-feira (17), com participação de representantes do Estado e da Prefeitura de Cuiabá para discutir o imbróglio que envolve o novo modal e o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na Capital.
“Sob hipótese alguma [suspender as obras]. Nós temos um contrato assinado há mais de um ano. As obras iniciaram e as obras vão continuar, estão continuando. O Ministério Público não tem o poder de mandar parar uma obra. Recomendação não é uma determinação. A única que pode parar uma obra é a Justiça”, afirmou o governador na tarde desta quinta-feira (18), no Palácio Paiaguás.
Na reunião de quarta, a promotora de Justiça Maria Fernanda Corrêa da Costa disse que o Estado está errado ao iniciar as obras sem as autorizações necessárias. O MP notificou o Consórcio Construtor BRT Cuiabá e o governo do Estado a suspender as atividades e deu prazo de 45 dias para apresentar as licenças exigidas.
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Em resposta, Mauro Mendes foi incisivo ao dizer que não vai parar as obras do BRT, que estão ocorrendo na avenida Historiador Rubens de Mendonça, próximo ao Comando Geral. Na terça-feira (16), o secretário Municipal de Ordem Pública, coronel Sales, esteve pessoalmente no local, que será um dos terminais de paradas e notificou o Consórcio do BRT.
Para o vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa, é “estranho” o governo iniciar a implantação do modal na Capital sem licença e logo depois do anúncio do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) idealizado por Emanuel Pinheiro.
“Estamos fazendo o Contorno Leste. Quer dizer, na hora que nós vamos lá para entrar na Emanuel Pinheiro, nós precisamos das licenças. O Estado para cortar Cuiabá de norte a sul, leste a oeste, não precisa de nada?”, questionou Stopa na reunião.
Fonte: gazetadigital.com.br