O naufrágio do Titanic é uma das histórias mais trágicas e conhecidas da sociedade moderna. É verdade que o filme de 1997 ajudou bastante nisso – foi a maior bilheteria da história do cinema por muitos e muitos anos.
Mas todo esse fascínio entorno do navio tem a ver também com os mistérios envolvendo o episódio. Você sabia que, das mais de 2.200 pessoas a bordo do Titanic, 1.514 morreram no acidente? Sabia também que até hoje, 111 anos depois, muitas dessas vítimas ainda não foram identificadas?
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Pois é, são muitos os questionamentos e curiosidades sobre o episódio. E. sim, tudo tem uma explicação. O Olhar Digital tira agora algumas dessas dúvidas.
Relembrando o naufrágio
- O RMS Titanic zarpou do porto de Southampton, na Inglaterra, com destino à Nova York, nos Estados Unidos, no dia 10 de abril de 1912.
- Quatro dias depois, o transatlântico recebeu a primeira de um total de seis mensagens de advertência sobre icebergs que encontraria pela frente, isso numa região próxima ao Canadá.
- Na noite deste mesmo dia 14, o navio colidiu com um bloco de gelo de cerca de 460 metros.
- Duas horas e meia depois, aproximadamente, o transatlântico se partiu em dois pedaços e afundou, desaparecendo completamente no Atlântico Norte.
- Os destroços do navio foram encontrados apenas em 1985, a 650 quilômetros a sudoeste do Canadá, a cerca de 3.800 metros de profundidade.
Mortos não identificados
É aqui que começam a aparecer os teóricos da conspiração.
Das 2.200 pessoas a bordo, cerca de 710 foram resgatadas com vida por um outro navio, o Carpathia, que passava pela região.
Agora, você pode estar se perguntando aí do outro lado: mas o navio não tinha o controle do nome das pessoas que embarcaram?
A resposta é sim e não. Sim porque havia certo controle, mas as autoridades envolvidas na investigação da tragédia afirmam que muitos passageiros a bordo do Titanic viajavam com nomes falsos.
É verdade que não foram encontrados restos humanos nos destroços do navio?
Sim, é verdade. E isso gerou a maior teoria da conspiração até agora. Tem gente até que tentou criar um enredo parecido com Lost ou The Manifest.
E parte desse debate começou por causa do diretor do filme Titanic, James Cameron, que, em entrevista ao jornal americano New York Times, em 2012, afirmou que não havia encontrado nenhum resto humano no local
Cameron, que visitou os destroços por 33 vezes durante o processo de produção do longa, afirmou o seguinte:
“Vimos roupas. Vimos pares de sapatos, o que sugere fortemente que houve um corpo ali em determinado momento. Mas nunca vimos restos humanos.”
E agora vêm as explicações científicas.
A primeira já foi dada aqui: os coletes salva-vidas. Muitos morreram usando o equipamento de proteção, mas ele fez com que os corpos flutuassem e não afundassem com a embarcação.
A segunda explicação é a ação de peixes, camarões e outros seres marinhos, que se alimentaram dos restos de carne e tecidos.
Mas e os ossos?, você pode se indagar.
Os ossos foram dissolvidos pelo mar, graças à profundidade que os destroços chegaram. Deixo aqui uma resposta técnica do explorador de águas profundas Robert Ballard, em entrevista à rádio americana NPR.
“A questão com a qual você precisa lidar é que, em profundidades abaixo de cerca de 3.000 pés [914 metros], você passa abaixo do que é chamado de profundidade de compensação de carbonato de cálcio. E a água no fundo do mar está saturada em carbonato de cálcio, que é principalmente do que os ossos são feitos. Por exemplo, no Titanic e no Bismarck, esses navios estão abaixo da profundidade de compensação de carbonato de cálcio, então uma vez que as criaturas comem sua carne e expõem os ossos, os ossos se dissolvem.”
Fonte: olhardigital.com.br