Emanuel Pinheiro diz que grupo não apoiará Wellington se ele se juntar a Mauro Mendes
Considerado uma das peças chaves na definição dos rumos para as eleições em Mato Grosso em 2022, o senador Wellington Fagundes (PL) terá não apenas que definir qual cargo irá disputar no pleito do dia 2 de outubro, mas também, com qual grupo caminhará. É que o senador não conseguirá andar em conjunto com dois adversários ferrenhos e com os quais tem conversado: o governador Mauro Mendes (União Brasil) e o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB).
A conta é simples, na teoria, mas na prática, Wellington precisa definir qual cargo disputará. Se tentar a reeleição para mais oito anos no Senado, a tendência é estar junto com o grupo no qual está Mauro Mendes, que tentaria mais um mandato no comando do Palácio Paiaguás
A outra opção é duelar justamente com o atual governador pelo cargo, o que traria para ele o grupo liderado por, entre outros nomes, Emanuel Pinheiro. Em um almoço, realizado nesta sexta-feira (4) justamente na casa do prefeito de Cuiabá, o senador desconversou e disse que tudo dependerá de conversas que envolvem também o presidente da República, Jair Bolsonaro.
“A palavra do presidente é muito importante. Trabalhei muito para que ele viesse para o PL e hoje ele está confortável e subindo nas pesquisas. Conversei com o Bolsonaro e com gente do diretório nacional, mas minha vontade pessoal não define nada. Temos que conversar e foi isso que fizemos. Vamos definir de forma madura, para fazer de forma correta. Meu foco é a candidatura à reeleição e não admiti em momento algum disputar o Governo. E esta é também a definição do partido nacionalmente”, afirmou.
Mesmo com o entendimento de que quer disputar o Senado, um dos obstáculos de Wellington pode ser a candidatura do ex-senador e atualmente deputado federal, José Medeiros. Próximo ao presidente, o parlamentar deve se filiar em breve ao PTB e tem grandes chances de ser o ‘escolhido’ por Bolsonaro numa eventual disputa entre os dois.
Com base neste cenário, o prefeito deixa claro que não há espaço para que Fagundes se alie aos dois grupos. “Ficou claro que o Wellington só terá apoio se ele não for candidato ao Senado no grupo do Mauro Mendes. Se estamos questionando e nos colocando como alternativa a esse modelo de gestão do atual comando do Paiaguás, qual a lógica de que ele deixe um grupo onde há consenso para apoiar seu nome, para buscar outro projeto? Não faz sentido e a maior parte não marchará, se isso acontecer”, afirmou o prefeito Emanuel Pinheiro.
Participaram do almoço na casa do prefeito, além do atual chefe do Palácio Alencastro e do convidado especial, o senador Wellington Fagundes, o também senador Jayme Campos (UB), seu irmão, o ex-governador Júlio Campos (UB), além do ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB) e o deputado estadual Carlos Avalone (PSDB) e ainda o deputado federal Emanuelzinho (PTB).
Fonte: folhamax.com