Três pessoas morreram durante a noite de quarta-feira (27) no sul do Líbano durante um ataque aéreo israelense, informou a mídia libanesa
O membro do Gabinete de Guerra de Israel, Benny Gantz, alertou que se o governo do Líbano for incapaz de “empurrar o Hezbollah para longe da fronteira”, as Forças de Defesa de Israel (FDI) resolverão o problema com suas próprias mãos.
Seus comentários surgem no meio de combates transfronteiriços entre as FDI e o Hezbollah, o grupo radical islâmico que domina o sul do Líbano, que têm sido quase constantes desde que o Hamas lançou o seu ataque a Israel em 7 de outubro.
Três pessoas morreram durante a noite de quarta-feira (27) no sul do Líbano durante um ataque aéreo israelense, informou a mídia libanesa; as FDI disseram que estavam respondendo ao fogo depois que sirenes soaram em um kibutz perto da fronteira.
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Gantz disse que a situação na fronteira exige mudança, à medida que aumentam os temores de uma guerra ampliada no Oriente Médio.
Ameaça do Hezbollah
O tempo está se esgotando para se chegar a uma solução diplomática para os combates entre Israel e o Hezbollah, disse Gantz na quarta-feira, aparentemente sem fim à vista para as trocas retaliatórias entre Israel e o grupo apoiado pelo Irã no sul do Líbano desde outubro.
Gantz alertou que se o Líbano não conseguir restringir o Hezbollah, “as FDI o farão”. O Hezbollah disse que um de seus combatentes foi morto em um ataque aéreo israelense durante a noite – o mais recente de uma série de combates menores.
Evacuações de Gaza
As FDI alertaram os residentes de várias partes do centro de Gaza para saírem urgentemente enquanto a sua campanha militar contra o Hamas continua.
As FDI Instruíram as pessoas em 15 quarteirões identificados a sul de Wadi Gaza – incluindo o campo de refugiados de Al-Bureij – a deslocarem-se para abrigos.
Não está claro quantos residentes estarão cientes das “instruções urgentes” das FDI, emitidas numa mensagem em árabe no X (antigo Twitter), devido à falta de comunicações e acesso à Internet em Gaza.
O alerta veio no momento em que o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas no enclave informou que pelo menos 50 pessoas foram mortas na quinta-feira (28) em ataques aéreos israelenses. Enquanto isso, o número de feridos aumentou de 12 para 21.
Incursão na Cisjordânia
Um homem palestino, chamado Hazem Al Qattawi, foi baleado por soldados israelenses durante uma incursão noturna na cidade de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, disse o Ministério da Saúde palestino na quinta-feira.
Outros quatro ficaram feridos na incursão, segundo a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino. Respondendo a um pedido de comentário da CNN, as FDI disseram que responderam ao fogo depois que “assaltantes” atiraram contra as forças israelenses.
A guerra Israel-Hamas tem-se espalhado cada vez mais para a Cisjordânia, onde mais de 300 palestinianos foram mortos desde 7 de outubro, segundo o ministério.
Diplomacia delicada
Espera-se que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, viaje a Israel e aos países vizinhos do Oriente Médio na próxima semana para discutir os próximos passos na guerra Israel-Hamas, disse uma autoridade israelense à CNN.
A CNN entrou em contato com o Departamento de Estado dos EUA para comentar. Os relatos da visita surgiram no momento em que o presidente do Egito, Abdel Fattah El-Sisi, e o rei Abdullah II da Jordânia disseram que se opõem a quaisquer esforços para deslocar os palestinos após uma reunião no Cairo na quarta-feira.
Enquanto isso, o gabinete do primeiro-ministro israelense citou Benjamin Netanyahu dizendo que estão em andamento negociações para fazer com que os reféns israelenses restantes em Gaza retornem para casa.
Resolução da ONU
Uma resolução aprovada na semana passada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas apelando ao aumento da ajuda a Gaza ainda não está produzindo resultados, disse o Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na quarta-feira.
A resolução, aprovada na sexta-feira passada, apelava a pausas humanitárias entre Israel e o Hamas, bem como ao aumento da ajuda a Gaza – mas “ainda não tinha impacto” na faixa devastada pela guerra, disse Tedros.
Crescente número de mortos em Gaza
O número de pessoas mortas em Gaza desde o início das operações militares israelenses em 7 de outubro aumentou para 21.320, com mais 55.603 pessoas feridas, de acordo com um comunicado publicado pelo Ministério da Saúde administrado pelo Hamas em Gaza na quinta-feira.
O porta-voz do ministério, Dr. Ashraf Al-Qudra, acrescentou que 210 pessoas morreram e 360 pessoas ficaram feridas nas últimas 24 horas.
A CNN não consegue confirmar de forma independente os números fornecidos pelo ministério de Gaza, devido ao acesso restrito à região e à dificuldade em verificar números precisos no meio do conflito em curso.
Fonte: cnnbrasil.com.br
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