Mato Grosso registrou um aumento de 121% em mortes por confronto policial em 2023. Os dados são da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) e, segundo o secretário da pasta, coronel César Augusto Roveri, isso não se configura como elevação da violência. Ele afirmou que os tiroteios não são contabilizados como violência, pois ocorrem com pessoas que decidem enfrentar as forças de segurança.
“Morte em confronto não é violência. Mortes em confronto são pessoas que decidem enfrentar as policiais. Isso demonstra realmente que as forças policiais estão trabalhando e trabalhando muito. (…) Morte em confronto não é computada, porque são pessoas que decidem enfrentar o Estado”, disse.
De acordo com os dados da Sesp, de janeiro a outubro deste ano, 192 pessoas morreram em supostos confrontos com policiais de Mato Grosso. Já no mesmo período do ano passado, foram 87 mortes registradas, contabilizando assim aumento de 121%. As mortes deste ano ocorreram em 57 municípios e Cuiabá lidera com 26 registros.
Em seguida, aparecem Sorriso e Várzea Grande, com 14 casos cada, Sinop com 10, Barra do Bugres com 9 e Alta Floresta com 8 crimes. Lembrando que Sorriso é a 6ª cidade mais violenta do Brasil, conforme ranking do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, contudo o secretário afirma que os dados estão desatualizados e que a criminalidade diminuiu na cidade.
Em entrevista na segunda-feira (27), o secretário enfatizou que as polícias de Mato Grosso vão revidar se forem recebidos a tiros, por exemplo, durante um serviço. Para ele, quem resolve enfrentar a polícia, não terá outra resposta.
“Se tem uma lei de morte por confronto, é pura exclusivamente de quem resolveu enfrentar as forças policiais, que estão capacitadas cada vez mais, com armamentos, viaturas, câmeras do vigia mais, enfim. O Estado se equipou. Agora, se a pessoa resolve enfrentar a força de segurança usando arma de fogo, obviamente ela vai ter a resposta que temos condição de dar”, disparou.
Fonte: gazetadigital