Um relatório divulgado nesta sexta-feira (24/11) pela Agência Europeia do Ambiente (AEA) alerta que a qualidade do ar na Europa está abaixo das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), além de ser a causa de milhares de mortes prematuras nos países da União Europeia (UE).
As principais causas da poluição e dos óbitos decorrentes desse problema, segundo o estudo, são as partículas finas, o dióxido de nitrogênio e o ozônio.
A poluição do ar “ainda é o problema ambiental número 1 na UE”, afirmou o comissário europeu para o Ambiente, Oceanos e Pesca, Virginijus Sinkevicius.
O relatório concluiu que, apenas em 2021, 253 mil mortes podiam ser atribuídas às partículas finas – material fino particulado gerado por motores a combustão ou por usinas de carvão. Essa partículas entram no sistema respiratório e agravam o risco de doenças pulmonares, além de aumentarem a probabilidade do surgimento de doenças cardiovasculares, derrames e diabetes.
Em 2021, as mortes atribuídas às partículas finas ocorreram em maior número na Polônia (47,3 mil), Itália (46,8 mil) e Alemanha (32,3 mil).
No mesmo ano, o dióxido de nitrogênio – produzido em grande parte pelos veículos automotores – ceifou as vidas de 52 mil pessoas em todo o continente, agravando os problemas pulmonares e o risco de diabetes.
A poluição de ozônio em curto prazo matou 22 mil pessoas no bloco europeu em 2021. Essa substância poder gerar problemas respiratórios, agravar as doenças pulmonares como a asma, além de inflamar e danificar as vias respiratórias.
Melhora na qualidade do ar
De acordo com especialistas, o número de mortes causadas pela poluição do ar na UE caiu 41% desde 2005. Os números de 2021, no entanto, demonstram que este ainda é um problema grave.
“A boa notícia é que as políticas de despoluição do ar estão funcionando e a qualidade do ar apresenta melhoras”, observou Sinkevicius.
“Mas, ainda precisamos melhorar e reduzir ainda mais a poluição”, acrescentou. O comissário defende que a UE deve adotar e implementar rapidamente novas legislações para aproximar a qualidade do ar dos padrões da OMS.
Fonte: dw.com