Mesmo que haja perdas na comparação anual, Estado segue como o maior produtor de grãos e fibra do Brasil
Mato Grosso, maior produtor de grãos do país, começa a contabilizar os efeitos da estiagem prolongada que já impactou a semeadura da soja e, consequentemente, a janela ideal de cultivo ao milho em 2024.
Dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), projetam uma perda anual na produção de mais de 7,32 milhões de toneladas (t), ou queda de 7,2% em relação ao ciclo passado.
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O volume da produção brasileira de grãos deve atingir 316,7 milhões de toneladas na safra 2023/2024, com menos 4,7 milhões de toneladas ou 1,5% abaixo do registrado em 2022/23.
Os extremos climáticos – seca no Centro-Oeste e enchentes no Sul – sustentam as projeções.
Conforme a nova atualização, Mato Grosso sai de um recorde histórico de produção de grãos e fibras de 100,98 milhões de t na safra 2022/23, para uma projeção de 93,66 milhões no atual ciclo, o que resulta em uma perda de mais de 7,3 milhões de t.
Mesmo que haja perdas na comparação anual, o Estado segue sendo o maior produtor de grãos e fibra do Brasil – mantendo larga distância entre São Paulo e o Paraná – pelo 13º ano consecutivo.
Além disso, Mato Grosso mantém sua média responder, sozinho, por cerca de 30% da produção nacional.
As três principais culturas mato-grossenses – soja, milho e algodão – têm perspectiva de recuo, sendo o milho o cultivo mais impactado pelo clima: – 11,5%.
A seca que impede o avanço do plantio da soja – e atrasa a semeadura – já restringiu a janela de plantio do milho para 2024.
Na dinâmica do campo em Mato Grosso, na medida em que a soja vai sendo colhida – com áreas que tradicionalmente ficam prontas antes da virada do ano –, o milho vai sendo plantado.
A soja de primeira safra dá lugar ao milho como opção de safrinha.
Para especialistas, a área cultivada no Estado, até o momento, deverá estender sua colheita para além do final de fevereiro, período em que as recomendações agronômicas não aconselham mais o plantio do cereal, justamente pela redução das chuvas.
Conforme a Conab, a oferta de algodão em pluma encolhe 6,1%, com a produção de 2,11 milhões de t.
Na soja, deverão ser 44,39 milhões t, -2,7%. Já o milho, que também registrou recorde de mais 50,7 milhões t na safra passada, deve contabilizar perdas de 11,5% neste ciclo.
O percentual de área semeada, atualmente, apresenta-se aquém do observado no mesmo período da safra anterior, devido, principalmente, ao excesso de chuvas nas regiões Sul e Sudeste e às baixas precipitações no Centro-Oeste, diz o órgão.
NO PAÍS – De acordo com o boletim, a soja deve atingir uma produção estimada em 162,4 milhões de t – um crescimento de 2,8% na área a ser semeada, “o que ainda consolida o Brasil como o maior produtor mundial da oleaginosa”.
Quanto ao milho, houve redução de 5% na área total a ser cultivada, calculada em 21,1 milhões de hectares, com produção prevista de 119,1 milhões t.
Já para o algodão, é esperado um crescimento de 4,2% na área a ser semeada, em um total de 1,73 milhão de hectares, e produção de pluma em 3,04 milhões de toneçadas.
No caso do arroz, há expectativa de crescimento de 5,2% na área que está sendo semeada e produção de 10,8 milhões de t.
O mesmo vale para o feijão, com crescimento previsto de 3,3% na área total a ser semeada com as três safras, estimada em 2,8 milhões de hectares, e com a produção total no país de 3,1 milhões de t.
Fonte: diariodecuiaba.com.br