Após vários embates entre tropas russas e ucranianas nas proximidades da usina de Chernobyl, os níveis de radiação aumentaram cerca de 20 vezes acima dos considerados sob controle, de acordo com o sistema automatizado de monitoramento da região. Grande parte dessa alteração ocorreu em razão dos equipamentos militares pesados utilizados no local nos últimos conflitos armados, afetando as estruturas da usina.
Russos ocupam Chernobyl
As tropas russas já dominam a extinta usina nuclear de Chernobyl desde quinta-feira (24), dia em que alguns funcionários responsáveis pelo monitoramento foram mantidos como reféns, situação que ameaça a segurança não só da Ucrânia como também de vários países europeus.
O alerta foi feito por Anna Kovalenko, especialista militar ucraniana, que acompanha a situação de perto. No mesmo sentido de preocupação, a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que o governo norte-americano está indignado com a situação aos arredores da usina
Intensa radiotividade
A usina de Chernobyl é um dos locais com os maiores índices radiotivos do mundo. Por isso, boa parte da região está fechada desde 1986, ano em que aconteceram duas explosões dentro do reator da usina, atingindo cerca de 2.600 Km ao redor com gases altamente tóxicos.
Após a evacuação e a extinção do fogo nuclear – que custou a vida de muitos bombeiros – o reator foi selado e a área considerada inabitável por humanos pelos próximos 24 mil anos.
Declarações contraditórias
Em um pronunciamento considerado contraditório, o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, disse que a radiação ao redor da usina está dentro dos níveis normais e que as forças russas têm plena noção da segurança que deve ser priorizada na área.
“Chernobyl foi tomada e acho que eles vão chantagear o Ocidente. O Gabinete do presidente está preparando uma resposta a uma possível chantagem por meio de Chernobyl”, afirmou o conselheiro, Oleksiy Arestovych.
Fonte: olhardigital.com