Cerca de 20 cirurgias eletivas no Hospital Estadual Santa Casa, em Cuiabá, foram suspensas nesta quarta-feira (25), por paralisação de profissionais que acusam atraso salarial há 5 meses. Débito soma mais de R$ 1 milhão. De acordo com a Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Estado de Mato Grosso (Coopanest-MT), empresa que administra 3 unidades de saúde no Estado, o Hospital Regional de Sorriso e Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, também estão com salários atrasados.
Na última quinta-feira (19), a empresa encaminhou uma notificação à Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), ao Conselho Regional de Medicina (CRM-MT) e à administração da Santa Casa informando da paralisação dos profissionais nesta quarta-feira.
“Em nenhum momento recebemos alguma posição da SES. Nós encaminhamos a notificação para avisar que estaríamos paralisando os serviços, caso não fossem regularizados os pagamentos. Eles responderam a notificação dizendo para que não parassem atendimentos, porém, não deram nenhum prazo para solucionar o problema, caso contrário conversaria com os médicos e suspenderíamos”, explicou a gerente da empresa, Flávia Maria Fernandes.
Leia também – Chuva ajuda a extinguir focos de incêndio no Pantanal
Atualmente, a Coopanest é responsável por fornecer os médicos anestesistas para duas unidades de Mato Grosso, a Santa Casa de Cuiabá e o Hospital Regional de Sorriso. Sobre o Hospital Metropolitano, o contrato venceu e decidiram não renovar, por já estarem com dois meses de atrasos.
Na Santa Casa, são cerca de 20 profissionais anestesistas com salários atrasados há 4 meses, por falta de repasse mensal da SES à empresa, que custa R$ 450 mil. Dívida chega a R$ 1,8 milhão.
Em Sorriso, o Hospital Regional conta com 15 médicos da mesma área, onde a folha de pagamento mensal custa em torno de R$ 340 mil, somando a dívida de R$ 690 mil em dois meses de atraso.
No Hospital Metropolitano, são os meses de maio e junho em atraso, somando o valor de R$ 450 mil, com folha mensal de R$ 220 mil. Na unidade eram 5 anestesistas.
GD entrou em contato com a SES pedindo uma posição sobre as queixas, mas até a publicação desta matéria não recebeu retorno.
Fonte: gazetadigital.com.br