João Fernandes Zuffo está preso desde dezembro de 2021, quando foi alvo da Operação Flor do Vale
O contador João Fernandes Zuffo teve HC negado no TJ
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou habeas corpus que pedia a soltura do contador João Fernandes Zuffo, condenado a 62 anos e três meses de prisão, em regime inicialmente fechado, pela acusação de chefiar uma organização criminosa responsável por diversos crimes na região Sul do Estado, inclusive latrocínio.
Um dos crimes resultou na morte do advogado João Anaides Neto em 2021, no Residencial Flor do Vale, na zona rural de Juscimeira.
A decisão é assinada pelo desembargador Gilberto Giraldelli, da Terceira Câmara Criminal do TJ, e foi publicada nesta terça-feira (24).
Zuffo está preso desde dezembro de 2021, quando foi alvo da Operação Flor do Vale.
No habeas corpus, a defesa do contador sustentou que prisão perdura por tempo demasiado.
Na decisão, porém, o desembargador afirmou não há “ilegalidade, teratologia ou abuso de poder” aptos a conceder o HC.
“Nada obstante todos os argumentos lançados pelos impetrantes no intuito de desconstituir a medida segregatícia experimentada pelo paciente, diante da complexidade dos fatos trazidos ao conhecimento deste eg. Tribunal de Justiça neste remédio heroico, mostra-se imprescindível um confronto das informações a serem fornecidas pelo juízo a quo com uma análise mais acurada dos elementos de convicção constantes dos autos, a fim de verificar a alardeada existência de coação ilegal”, escreveu o desembargador.
“Diante do exposto, indefiro a tutela de urgência reclamada em prol do paciente João Fernandes Zuffo”, decidiu.
Giraldelli deu cinco dias para a 7ª Vara Criminal de Cuiabá prestar informações sobre o caso.
Operação Flor do Vale
Investigações da Polícia Civil apontam que Zuffo planejava e indicava os lugares para executar os roubos, entre eles o que ocorreu no Residencial Flor do Vale, onde três propriedades foram alvos do grupo e o advogado foi morto.
O contador tem uma chácara no mesmo condomínio onde ocorreu o latrocínio e na data ele estava na propriedade, onde aguardava a conclusão do roubo, se passando por vítima, diz a denúncia.
A Polícia Civil diz ter chegado a outros dois crimes cometidos pelo mesmo grupo. Seriam eles o roubo de um veículo em Cuiabá e outro executado no mês de abril deste ano, em Juscimeira.
Morte de advogado
O crime aconteceu no dia 18 de julho de 2021. O grupo invadiu o condomínio de chácaras Flor do Vale, roubou algumas propriedades e na última delas, em que estava a vítima, amarrou as pessoas que estavam na casa.
O advogado João Anaides e mais uma vítima do assalto foram amarrados separadamente em um banheiro.
Os ladrões então começaram a pegar objetos pessoais das vítimas e logo em seguida foi ouvido um disparo de arma de fogo vindo do banheiro.
A vítima que estava trancada no banheiro junto com o advogado relatou que um dos ladrões arrombou a porta e efetuou um disparo na cabeça de João Anaides.
Após o tiro, os criminosos fugiram do local levando duas caminhonetes, uma delas, do advogado.
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Fonte: midianews.com.br