MT: ESCÂNDALO DA MAÇONARIA: Democracia exige transparência, tolerância e paciência, diz juiz

MT:  ESCÂNDALO DA MAÇONARIA:  Democracia exige transparência, tolerância e paciência, diz juiz
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Após uma reviravolta no judiciário de Mato Grosso, onde juízes que foram aposentados compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pelo escândalo da maçonaria, serem reintegrados ao judiciário, o juiz Gonçalo Antunes Barros Neto, pontuou que eles podem ter sido vítimas de uma injustiça, mas que diante da democracia tiveram suas situações reparadas.

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Durante entrevista ao podcast Pinga Fogo, o magistrado expressou seu ponto de vista considerando que a situação dos magistrados foi julgada por uma democracia que exige tempo e paciência.

“Democracia exige transparência, tolerância e exige paciência, cada coisa em seu devido tempo e devido lugar, todos os protagonistas de determinados episódios serão levados a opinião pública de forma positiva ou negativa e a democracia tem seus próprios horizontes e métodos que essas pessoas prejudicadas podem virem de alguma forma ter sua situação reparada”, pontuou.

Juanita Cruz da Silva Clait Duarte, Maria Cristina Oliveira Simões, Graciema Ribeiro de Caravellas, Antônio Horário da Silva Neto e Marcos Aurélio dos Reis Ferreira foram aposentados compulsoriamente por serem citados em uma acusação de desvio de R$ 1,4 milhão dos cofres da Justiça de Mato Grosso para uma loja maçônica, nos anos de 2003 e 2005, mas agora foram reintegrados após decisão do Supremo Federal.

Como exemplo, Gonçalo relembrou uma situação vivida por ele quando foi juiz de direito na vara de tóxicos em Cáceres, onde seu posicionamento o fez ser julgado como ‘juiz que beneficia traficante’. Mesmo contrariando promotores da época, ele continuou defendendo o que acreditava e o resultado veio 9 anos depois, onde foi considerado correto o que ele defendia.

“Eu entendia que o artigo segundo era inconstitucional, porque impedia a progressão do cumprimento de pena a todos os condenados por tráfico de drogas, então uma pessoa pega com 50 gramas e outra com 10 quilos de droga cumpriria a mesma pena que é integral, eu entendia que era inconstitucional porque feria tal princípio, eu era um dos únicos no estado que entendia dessa forma e fui muito criticado como se eu estivesse beneficiando traficante sendo que era entendimento jurídico”, explicou.

Assim como os colegas, o juiz precisou esperar 9 anos para que seu posicionamento fosse considerado institucional após decisão do Supremo Federal.

Fonte:  gazetadigital.com.br


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