O retorno do deputado Eduardo Botelho (União Brasil) à presidência da Assembleia Legislativa ainda é digerido pela maioria dos deputados que compõe a Casa de Leis. O parlamentar retorna ao posto após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, voltar atrás da decisão que anulou a eleição da Mesa Diretora de 2020.
Nesta quinta-feira (24), o deputado Dr. João (MDB) reagiu à decisão e afirmou que o Parlamento vive um momento de instabilidade política. Isso porque a Suprema Corte ainda precisa apreciar o mérito da decisão, que pode interferir novamente na presidência do Parlamento.
“Já pensou o STF fala lá: cumpra-se e o Eduardo Botelho volta. Aí daqui a pouco volta à eleição anterior com o retorno do Max. Isso de certa forma cria uma instabilidade política e fica ruim para a Assembleia Legislativa”, avaliou.
O STF atendeu o pedido do Democratas Nacional (atual União Brasil) para retornar Botelho ao comando do Legislativo. Há um ano a cadeira era ocupada por Max Russi (PSB), que acabou retornando à primeira-secretaria do Legislativo.
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Botelho foi afastado da presidência quando iniciava o terceiro biênio ininterrupto à frente da Assembleia, por decisão do ministro Alexandro Moraes, atendendo uma liminar do partido Rede Sustentabilidade.
Entretanto, o partido alegou que a eleição dos membros dos Mesa Diretora em Mato Grosso ocorreu em 10 de junho de 2020, antes da publicação do acórdão que barrou a possibilidade de reeleição dentro de uma mesma legislatura, em 06 de abril de 2021.
Apesar da decisão favorável ao deputado do União Brasil, o STF ainda analisa uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) sobre o caso. O julgamento virtual deve ocorrer do dia 25 de fevereiro a 9 de março. Atualmente, a votação está em 2 votos a 1 para o retorno de Botelho à presidência e depende do parecer de outros ministros.
“Isso está sendo discutido desde o ano passado e no STF as coisas demoram. Amanhã retoma o julgamento que pode mudar isso também. Pelo que eu entendi, ele cassou a liminar dele mesmo. Agora eles vão votar para dar a decisão final”, concluiu.
Fonte: gazetadigital.com
Sem novidades
Apesar das incertezas, Dr. João ainda afirmou que não vê mudanças, independente de quem ficar à frente do Parlamento. Ao Jornal do Meio Dia (TV Vila Real, canal 10), o emedebista ponderou que tanto Max quanto Botelho possuem uma relação harmônica com os deputados.
“Eu acho que não muda muita coisa, o Max estava conduzindo a Assembleia muito bem, como Botelho conduziu em dois mandatos. Eu acho que os dois são muito ligado aos deputados e tem uma harmonia muito grande lá dentro e eu acho que não muda nada”, disse.