MT: HIPERENDEMIA: Casos de hanseníase registram alta de 14% em Mato Grosso

MT:  HIPERENDEMIA:   Casos de hanseníase registram alta de 14% em Mato Grosso
Compartilhar

Entre janeiro e agosto deste ano, Estado diagnosticou mais de 2,4 mil casos da infecção de evolução crônica

Uma das doenças mais antigas da humanidade, a hanseníase teve um aumento de 14% neste ano, em Mato Grosso.

Entre janeiro e agosto de 2023, foram diagnosticados 2.763 casos da doença contra 2.421 em 2022.

No país, devido à alta quantidade de registros anuais, a doença ainda é considerada um problema de saúde pública.

Leia também:

Polícia desmonta esquema de roubo, desmanche e revenda de caminhões

Em 2020, o Estado teve 2.507 diagnósticos de hanseníase e, no ano seguinte, 2.106 casos.

Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde e divulgados durante o 17º Congresso Brasileiro de Hansenologia” realizado pela Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), em Cuiabá.

O evento teve como tema os “Avanços e desafios após 150 anos do descobrimento do bacilo Hansen”.

O debate reforçou a posição combativa do órgão estadual de saúde frente à hanseníase ao estimular o debate e o enfrentamento à alta incidência da doença e alerta para a importância da conscientização e atenção aos primeiros sintomas.

A hanseníase tem cura.

“O nosso estado é hiperendêmico para hanseníase e enfrentamos essa realidade com uma política ativa de detecção de novos casos. Diagnosticando muito, nós realmente teremos muitos casos, mas ganharemos tempo e força para mudarmos essa realidade”, avalia o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo.

De acordo com a diretora da Escola de Saúde Pública, Silvia Tomaz, o Estado preconiza a política de detecção da hanseníase com a capacitação de novos médicos hansenólogos.

Na semana passada, 19 médicos especialistas se formaram. Nos últimos quatro anos, quatro mil profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) foram capacitados.

O presidente do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hasneníase (Morhan), Francisco Faustino Pinto, destacou a realidade de quem vive a doença.

“As pessoas afetadas pela hanseníase são bem mais do que pés, mãos, olhos, nervos, bacilos. Elas têm que ser vistas integralmente, elas têm que ser vistas como seres que não são uma doença negligenciada, mas sim pessoas que ainda são negligenciadas, infelizmente”, disse.

A hanseníase é uma doença infecciosa, transmissível e de evolução crônica, que atinge principalmente os nervos periféricos, a pele e as mucosas.

A infecção pode causar lesões neurais e danos irreversíveis. Por isso, a detecção precoce e o tratamento adequado são tão importantes.

O diagnóstico e tratamento inicial dos pacientes são realizados nas unidades básicas de saúde de cada um dos 141 municípios mato-grossenses.

Para os atendimentos especializados, o paciente conta com os Centros de Referência em Média e Alta Complexidade (Cermac) e de Reabilitação Integral Dom Aquino Corrêa (Cridac).

Fonte:  diariodecuiaba.com.br


Compartilhar
0 0
Happy
Happy
0 %
Sad
Sad
0 %
Excited
Excited
0 %
Sleepy
Sleepy
0 %
Angry
Angry
0 %
Surprise
Surprise
0 %