O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho, afirmou que orientou o deputado Wilson Santos a não prestar nenhuma informação para a Procuradoria Geral do Estado (PGE), sobre as denúncias que teria recebido em relação a um suposto esquema de corrupção da Secretaria de Estado de Saúde, no âmbito da Operação Espelho.
Na avaliação de Botelho, a PGE não tem essa autonomia. “O Wilson me ligou falando sobre uma notificação da Procuradoria Geral do Estado eu disse pra ele que era descabido isso, pois a procuradoria não tem essa função. E disse ainda para ele não prestar nenhuma informação. Essa é a minha orientação”, disse.
Conforme O DOCUMENTO noticiou, o deputado Wilson Santos deu uma declaração à imprensa informando que recebeu supostas denúncias contra servidores da Secretaria de Estado de Saúde. De acordo com ele, tem documentos e áudios de funcionários que comprovariam esquema no setor.
Diante disso, a PGE informou que irá representar criminalmente o deputado, pelo crime de prevaricação. ação da PGE, se existe o crime, em tese, de pagamento ou pedido de propina, não é a Assembleia Legislativa o local competente para analisar e investigar a suposta falta funcional, mas sim, o Ministério Público Estadual ou a Polícia Judiciária Civil.
Segundo o órgão, as declarações do deputado foram jogadas na imprensa, sem que isso seja levado a quem compete o poder de investigação, “colocam sob suspeita mais de 7 mil servidores da Secretaria de Saúde, que trabalham com responsabilidade em prol dos mato-grossenses”.
Wilson, por sua vez, afirmou que não existe crime nenhum e que as denúncia recebidas ocorrem no âmbito de sua atuação como parlamentar. Nos últimos dias, ele se movimentou para conseguir assinaturas para abertura de uma CPI para apurar o assunto, mas não conseguiu apoio.
Fonte: odocumento.com.br