A família da empresária Andrea Canuto Tirapele da Silva, morta aos 41 anos em 2014, estava apreensiva, após Antônio Wallas de Almeida, começar a sair da prisão. Ele foi condenado a 25 anos, após estuprar, esfaquear e ocultar o corpo da vítima. Entretanto, após apelo nas redes sociais, o Ministério Público negou o benefício extra-muro (trabalhar fora do presídio).
O crime ocorreu no dia 30 de janeiro de 2014. Antônio morava em uma quitinete, aos fundos de um mercado, de propriedade de Andrea. No entanto, pouco antes de chegar no estabelecimento, ela foi abordada com uma faca pelo inquilino.
Em seguida, ameaçada com a faca, o homem a estuprou. A empresária foi encontrada morta no porta-malas de um veículo Corolla, seminua, com perfurações de faca, na região da Passagem da Conceição.
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Diante do crime brutal e com muita repercussão na época, Antônio foi condenado a 25 anos e cumpre pena atualmente no Presídio Carumbé, em Cuiabá. Ele foi preso em setembro de 2016, completando 6 anos de detenção em 2022.
Entretanto, de acordo com a filha da vítima, Beatriz Carreiro, o homem passou para o regime semiaberto e estaria saindo de dia para trabalhar. Com a saída, a família não só tem um sentimento de injustiça, como também de insegurança.
“Está todo mundo arrasado, sentimento de injustiça e falta de respeito com a família… Não só a família está assim, mas nossos amigos também, até as pessoas que não eram tão próximas estão chateadas com essa decisão”, diz Beatriz.
Conforme movimentação do processo no Tribunal de Justiça, um laudo de avaliação foi juntado aos autos no dia 2 de fevereiro. Beatriz questiona também se o homem já poderia estar no regime semiaberto, visto que cumpriu 6 anos da pena.
Não só pela própria segurança, a família teme por outras mulheres. “Sentimos medo sim. Ameaçados… porque não sabemos o que ele pode fazer, com meu irmão ou com meu pai. Ou até mesmo com outras mulheres, porque se dentro de uma casa ele conseguiu arquitetar e calcular tudo de ruim que ele queria fazer, imagina 6 anos preso dentro de uma prisão sem ocupar a cabeça”.
Com o apelo nas redes sociais, o benefício extra-muro foi negado ao homem. Agora, ele trabalhará internamente no presídio.
O caso
A empresária foi encontrada morta no porta-malas de um veículo Corolla, seminua, com perfurações de faca, na região da Passagem da Conceição. Ela sofreu violência sexual.
Em julho de 2014, o suspeito e um homem de 40 anos foram presos. O homem, liberado depois, contou que viu Antônio nas proximidades, aumentando a desconfiança da polícia.
Ele era inquilino da vítima, e alugava uma quitinete, nos fundos do mercadinho que possuía, na mesma região do crime. O assassinato ocorreu no dia 30 de janeiro de 2014.
Fonte: gazetadigital.com