A vítima foi baleada pelo idoso enquanto fazia a medição do consumo de energia elétrica da casa dele, no Residencial Carlos Bezerra
Começou na manhã desta quarta-feira (6), o julgamento de Benedito Rodrigues de Abreu, 83 anos, acusado de matar a funcionária da Energisa, Anilori Rener, 43 anos, em março de 2022, em Rondonópolis-MT. A vítima foi baleada pelo idoso enquanto fazia a medição do consumo de energia elétrica da casa dele, no Residencial Carlos Bezerra.
O réu é acusado de homicídio qualificado e posse ilegal de arma de fogo. A promotoria de Justiça afirma que ele estava em plena condição mental no dia do crime.
“Foi um crime banal e absurdo contra uma trabalhadora que teve a vida tirada de maneira fútil e bárbara. O que o Ministério Público espera é que a sociedade de Rondonópolis, por meio do Tribunal do Júri, faça valer a letra da Lei. Foi feita perícia durante o processo e o perito relatou que ele [réu] não tinha nada, não há nenhuma relação do crime que ele cometeu com alguma patologia, que não foi identificada”, disse o promotor Fernando de Almeida Bosso.
Por outro lado, em entrevista à TV Cidade, o defensor público, João Cláudio, disse que vai apresentar relatos de testemunhas que atestam a insanidade do idoso.
“O réu é um senhor de idade que, mentalmente, já não estava muito bem [antes do crime]. Hoje vamos apresentar relatos de vizinhos e de outras pessoas que o cercavam, que podem atestar que ele não estava no ápice [da sanidade] normal do que se é esperado”.
Na época do crime, Benedito morava sozinho. Atualmente ele está em prisão domiciliar, cumprida no Lar dos Idosos.
O julgamento é acompanhado pela família e colegas de trabalho de Anilori.
O CASO
Anilori era funcionária da Energisa no município e trabalhava no momento em que foi atingida por disparos de arma de fogo no dia 7 de março de 2022. Benedito atirou na funcionária enquanto ela realizava a leitura dos relógios do padrão no Residencial Carlos Bezerra.
A vítima chegou a ficar mais de 30 dias internada em um hospital particular após ser atingida por quatro disparos. Um dos tiros acertou a medula e a mulher também ficou paraplégica. Alguns órgãos como baço, intestino fino, intestino grosso, pulmão e rins foram perfurados. Anilori passou por cinco cirurgias e dreno no pulmão, mas morreu no dia 9 de abril de 2022, com 43 anos.
Fonte: agoramt.com.br