CADEIA ESPECIAL: ‘Nenhum privilégio’, critica Botelho sobre decisão de juiz

CADEIA ESPECIAL: ‘Nenhum privilégio’, critica Botelho sobre decisão de juiz
Compartilhar

Presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho (União Brasil), criticou a decisão do juiz Geraldo Fidelis, na manhã desta terça-feira (29). Magistrado determinou a transferência do ex-Policial Militar, Almir Monteiro dos Reis, 49, de volta para a Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá). Botelho, afirmou que Almir não merece “nenhum privilégio” diante do assassinato brutal contra a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, 48, no dia 13 de agosto.

“Ele não deveria ter esse direito! Ele foi um policial que nem cumpriu prazo de experiência e foi excluído. Ele vinha no crime já constantemente. O crime dele foi cruel, covarde, com total desrespeito. Entendemos que ele não deva ter nenhum privilégio. Deva ser colocado com os presos comuns”, defendeu Botelho.

Decisão do juiz corregedor prisional, Geraldo Fidelis, dessa segunda-feira (28), determinou que Almir Monteiro dos Reis voltasse para a cadeia de Chapada. Apesar de o magistrado negar qualquer tratamento diferenciado, local é considerado uma “cadeia especial” para militares, motivo que levou Botelho criticar a decisão do juiz. Ministério Público Estadual (MPMT) também é contra a decisão.

Em entrevista ao programa Tribuna da Rádio Vila Real FM, na manhã desta terça-feira (29), Geraldo Fidelis, garantiu que Almir não receberá tratamento especial nem terá regalias na Cadeia. Magistrado explicou ainda que na Penitenciária Central do Estado (PCE), para onde havia sido encaminhado, Almir poderia estar correndo risco de vida por ter sido PM e ele não quer “sangue nas mãos”.

No entanto, Botelho explicou que entende a decisão do juiz, já que a função da Vara de Execuções Penais é garantir a vida das pessoas que cumprem pena nas unidades prisionais.

“Todavia, o juiz também está correto na ação porque cabe a ele proteger a vida das pessoas. Ele (Geraldo) entende que deixando ele (Almir) lá (na PCE) poderá ser morto. Não pode decretar sentença de morte. Entendemos a posição. É algo polêmico que temos que discutir, mas estamos externando o pensamento da população”, frisou. Botelho ainda disse que a Casa de Leis reflete as ideias da população.

Questionado sobre agressores que trabalham na ALMT, como o procurador Benedito César Correa Carvalho e o ex-deputado estadual, José Joaquim de Souza Filho, Botelho afirmou estar tomando ações para o combate a violência contra mulher.

Benedito manteve uma profissional do sexo, de 19 anos, em cárcere privado, em um condomínio de Cuiabá, no dia 19 de agosto. Já José Joaquim, foi preso nesse domingo (27), após agredir a esposa, em Confresa. Ambos foram afastados dos cargos. “Estamos lutando para acabar com essa violência doméstica e com o machismo ignorante”, afirmou Botelho.

Ciclo de palestras

Encontro realizado na ALMT, discutiu a criação de um programa que contemple todos os servidores da casa de leis, com foco nos debates sobre a violência contra a mulher. Participou da reunião, o juiz de direito Jamilson Haddad Campos. Atividades dever ocorrem em 5 dias.

“Convidamos para vir aqui (o juiz), trazer essas experiências que possamos envolver todos os servidores da Assembleia, em primeiro lugar. Depois levar isso para outros órgãos e escolas”, afirmou Botelho por um vídeo publicado nas redes sociais.

Fonte: gazetadigital


Compartilhar
0 0
Happy
Happy
0 %
Sad
Sad
0 %
Excited
Excited
0 %
Sleepy
Sleepy
0 %
Angry
Angry
0 %
Surprise
Surprise
0 %