Com gol de título pelo Flamengo e passagens históricas pelo Atlético-MG, Diego Tardelli comenta encontro entre os clubes neste domingo, pela Supercopa do Brasil, em Cuiabá
Ídolo da torcida atleticana e com passagem breve, mas marcante, pela Gávea, o Diego Tardelli falou sobre tudo que envolve o jogão de domingo, entre Atlético-MG e Flamengo, pela Supercopa do Brasil. Ao LANCE!, o atacante avaliou os momentos dos times de Antonio Mohamed e Paulo Sousa, avaliou o que pode decidir o confronto e não ficou “em cima do muro”. Para Tardelli, vai dar Galo supercampeão na Arena Pantanal, em Cuiabá, mas o placar será apertado.
– Primeiro, é importante dizer que são dois grandes times e vêm provando isso ao longo dos anos. Eu tenho acompanhado os jogos e assistindo as partidas desse começo de temporada, acredito que o Atlético chegue com uma pequena vantagem. Talvez, por estar mais confiante depois do último, o time está jogando de forma mais leve – afirmou Tardelli, antes de arriscar o seu palpite:
– Difícil. Jogo duro, mas vou ficar com 1 a 0 para o Galo – completou o atacante.
A identificação com o Galo é enorme e, até por isso, Diego Tardelli não esconde a torcida pelo Atlético na partida contra o Flamengo, clube que defendeu por uma temporada, marcou gol de título e guarda com carinho memórias dessa época. Contudo, segundo Tardelli, sua “vida se resume antes e depois do Galo”.
Pelo Flamengo, foram seis gols em 35 partidas, sendo o mais marcante contra o Botafogo, na decisão do Estadual. Já no Atlético-MG, clubes que mais defendeu e castigou os adversários, Diego Tardelli soma 104 gols em 224 jogos – levando em consideração as três passagens nas quais conquitou Libertadores, Copa do Brasil, Recopa Sul-Americana e quatro Estaduais. Decisivo, Tardelli vê no atual elenco nomes capazes de seguir a tradição de atacantes decisivos no clube.
– Cada um tem o seu estilo e é bem difícil comparar assim. Mas acho que, nesse momento, as minhas características são um pouco mais similares às do Keno. Ele se movimenta bastante, dá muita opção de passe e tem o mano a mano, que é o ponto fortíssimo dele. É um cara muito liso. Bonito de ver jogar. Além disso, também faz bastante gols e foi decisivo na reta final da última temporada. O Hulk e o Vargas também são grandes goleadores e possuem muita qualidade e poder de decisão.
Confira outras respostas de Diego Tardelli em entrevista ao LANCE!:
A sua passagem pelo Flamengo acabou não sendo longa, teve a questão da lesão também, mas o torcedor guarda um carinho, especialmente por conta daquele golaço contra o Botafogo, na final do Estadual. Olhando hoje, qual o sentimento que você tem relação ao clube e a sua passagem pela Gávea?
Sim, realmente, não foi como eu queria e como poderia ter sido, mas eu tenho muito carinho e respeito pelo Flamengo. Apesar de curta, foi uma passagem que me deixou com bastante lembranças boas. Até hoje, torcedores do Flamengo me mandam mensagem relembrando aquele gol na final, contra o Botafogo, no último minuto ( kkkkk). Foi um período muito bom da minha carreira.
A saída acabou sendo justamente para o Atlético-MG, que se tornou uma segunda casa sua. É o time que mais atuou e mais fez gols na carreira, além de Libertadores, Copa do Brasil… Por conta desse histórico, a torcida do Tardelli vai para o Galo neste domingo?
Com toda certeza. Até porque, não escondo de ninguém que hoje eu me considero um Torcedor Atleticano, tanto é que a minha vida se resume antes e depois do Galo.
O Atlético chega à final como o campeão da Copa do Brasil e do Brasileirão. Já o Flamengo é o atual bicampeão da Supercopa e conquistou uma série de títulos nos últimos anos. Quem entra mais pressionado para vencer a Supercopa?
É um grande clássico, uma rivalidade que vem desde 1980. Muitos dizem que é a maior rivalidade interestadual do país. Por eu ter jogado mais no Atlético, e muitas vezes contra o Flamengo, sei o que representa vencer esses jogos. Estou bem ansioso para assistir esse clássico (kkk). Tenho certeza de que será um grande jogo.
A rivalidade entre Flamengo e Atlético-MG cresceu recentemente tanto entre as diretorias quanto com as torcidas. Acredita que essas questões podem ser levadas para o vestiário e, consequentemente, para o jogo em si? Servem de motivação?
Acredito que não. Foi o que eu disse na última resposta. Essa rivalidade não é de agora e acho que só serviu pra dar uma apimentada no jogo. Só que ambos os elencos possuem grandes jogadores, caras experientes e que sabem filtrar bem o que vem de fora.
Fonte: lance.com