Presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (União), pediu “jogo limpo” ao governador Mauro Mendes, nas negociações dentro do União Brasil, já visando sua saída da legenda por conta da disputa interna para a escolha do candidato a prefeito de Cuiabá na eleição de 2024.
Segundo Botelho, a conversa que ainda não ocorreu deve ser transparente e direta, e que sua saída do partido será boa tanto para ele, quanto para o governador, evitando assim um “jogo duplo” dentro do partido.
“Ela [saída] é boa para mim e é boa também para o governador. Se ele quiser construir mesmo o candidato dele, ele precisa que eu saia do partido para ele ficar livre e construir. Ou então ele vai ficar fazendo um joguinho por baixo, aí reúne o partido aqui sem o Botelho saber, chama outro ali, não é por aí. Eu acho que ele tem que fazer um jogo limpo. Se ele quer isso, [ele diga:] sai fora porque eu vou construir aqui e acabou. Isso é o jogo político de amigo e tem que ser assim”, disse nesta quarta-feira (23).
Botelho reafirmou sua tendência de se filiar ao PSD, sigla que, segundo ele, é a que mais tem demonstrado empenho e interesse para que ele seja novo membro. Contudo, Botelho alega que a definição de fato deverá ocorrer após a conversa com o partido, e reclamou da falta de reunião para tratar o assunto.
“Ninguém falou comigo ainda, ninguém me chamou para uma conversa. Então eu vou conversar com o governador e chamar o partido para uma reunião e definir isso de uma vez. Não passa de setembro”, pontuou. O parlamentar também garantiu que seu objetivo é sair de forma amigável e que pretende permanecer na base do governo e que continuará sua amizade com Mauro Mendes.
Segundo ele, caso seja prefeito, trabalhará conjuntamente com o governo do Estado e Federal, e com toda bancada federal.
“É o povo que vai escolher, é o povo que vai decidir quem será [prefeito]. E esse candidato evidentemente tem que trabalhar com o governo do Estado, com o governo Federal, tem que ser alguém que construa com a todos e converse com todos os deputados federais, com todos os senadores, para trazer uma construção para Cuiabá. Então é esse candidato que eu vejo que deva ter deva ser o perfil de prefeito”, completou.
Para Botelho, a briga entre prefeito e demais governos atrapalharia a cidade, e citou o exemplo do governador Mauro Mendes, que não apoiou o presidente Lula nas eleições, e passou a ter uma relação de proximidade.
“Muita gente que não estava com o governador Mauro Mendes porque ele não apoiou o Lula e agora ele está tendo uma relação boa, uma relação de parceria, foi lá pediu pro Governo Federal colocar Ferrogrão no PAC, o Governo colocou, pediu pra colocar algumas obras aqui, ele colocou. Então isso faz parte e é postura de um verdadeiro executivo”, finalizou.
Fonte: gazetadigital.com.br