Em discurso nos Brics, Lula diz que grupo será mais relevante com novos membros e defende moeda comum

Em discurso nos Brics, Lula diz que grupo será mais relevante com novos membros e defende moeda comum
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Presidente brasileiro defendeu “unidade de conta de referência para o comércio” do bloco, “que não substituirá nossas moedas nacionais”

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursa na 15ª Cúpula dos Brics, em Joanesburgo, África do Sul

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, nesta terça-feira (22), que os Brics seriam mais relevantes com a entrada de novos membros, e voltou a defender a adoção de uma moeda comum para o comércio entre os países do grupo.

As declarações foram dadas durante o Fórum Empresarial dos Brics, primeiro evento com os chefes de Estado na 15ª Cúpula dos Brics, que começou nesta terça, em Joanesburgo, na África do Sul.

“Nossos países, reunidos, representam um terço da economia mundial. Essa relevância vai crescer com a entrada de novos membros plenos e parceiros de diálogo. A colaboração entre o setor público e privado é vital para aproveitar esse potencial e alcançar resultados duradouros”, declarou Lula.

Em seu discurso, o presidente brasileiro voltou a defender a adoção de uma moeda comum para o comércio dos Brics.

“Para que o investimento volte a crescer e gerar desenvolvimento, precisamos garantir mais credibilidade, previsibilidade e estabilidade jurídica para o setor privado. Por essa razão tenho defendido a ideia de adoção de uma unidade de conta de referência para o comércio, que não substituirá nossas moedas nacionais”, disse.

Cúpula dos Brics

Começou nesta terça a cúpula dos Brics, em Joanesburgo, na África do Sul, que irá reunir líderes e representantes do Brasil, China, Rússia, Índia, China, além dos anfitriões. Este é o primeiro encontro presencial do grupo desde o início da pandemia de Covid-19.

O principal tema da cúpula deste ano é a expansão do bloco. A China e a Rússia estão trabalhando com muito afinco para trazer mais países para os Brics.

A intenção dos chineses é utilizar o grupo ampliado como uma plataforma na sua disputa geopolítica cada vez mais acirrada contra os Estados Unidos.

Os russos, por suas vez, precisam de mais países amigos em sua zona de influência, especialmente depois das severas sanções impostas pelo ocidente por causa da guerra na Ucrânia.

Fonte:    cnnbrasil.com.br


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