Procurador da Assembleia Legislativa, Benedito Cesar Correa, acusado de agredir e trancar uma garota de programa em sua casa no último sábado (19), foi liberado pela Polícia Civil no mesmo dia do fato. Em depoimento ele admitiu que é usuário de drogas.
Segundo o boletim de ocorrências, a vítima contou que o suspeito é seu cliente e que o combinado era que ficasse com ele entre as 2h e 6h30. No entanto, quando chegou a hora de ir embora, Benedito não teria deixado.
Além de mantê-la presa, o homem a enforcou e segurou pelos braços. Ela conseguiu escapar e se trancar do lado de fora da varanda, de onde pediu ajuda.
De acordo com o depoimento de um dos policiais militares que atenderam a ocorrência, quando eles chegaram ao local o suspeito se recusou a abrir a porta e disse que estava armado e trocaria tiro com eles. Os PMs tiveram que arrombar a porta do quarto e encontram Benedito com uma faca na mão.
Em seu depoimento, o suspeito afirmou que já conhecia a vítima, que em nenhum momento quis fazer mal a ela e que apenas a convidou para um programa, que não tinha nenhuma má intenção.
Também negou ter mantido a mulher em cárcere privado, afirmando que a todo momento a porta do quarto estava aberta. Ainda admitiu que é usuário de drogas. Ele não chegou a ficar preso.
“Determinou a autoridade policial que se fizesse a liberação do senhor Benedito Cesar Correa Carvalho […] de posse de seus pertences, sem que o mesmo tenha sofrido qualquer tipo de ofensa à sua integridade física ou psíquica”, diz trecho do termo de liberação.
No entanto, Benedito foi notificado pelo delegado Gilson Silveira do Carmo para participar de uma audiência nesta segunda-feira (21), no Juizado Especial Criminal Unificado. A ele foi entregue sua carteira da OAB e a faca que segurava no momento da prisão.
Acusado já foi detido anteriormente também foi ter agredido garotas de programa que o atendiam.
Nota da ALMT
Em nota publicada pelo Instagram no sábado (19) a Procuradoria Geral da ALMT disse:
Sobre os fatos noticias na manhã deste sábado (19) envolvendo conduta imputada a servidor desta procuradoria no âmbito de sua esfera privada, manifestamos nosso veemente repúdio a qualquer ato de violência contra a mulher.
Assim, em razão do referido fato e circunstância, este órgão informa que o referido servidor será imediatamente afastado pelo excelentíssimo senhor procurador-geral da Assembleia Legislativa, bem como será aberto processo administrativo disciplinar para aplicação das medidas previstas em lei e providenciada assistência à vítima no que for necessário.
Fonte: www.gazetadigital.com.br
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