MT: Vereadora petista diz ser vítima de violência de gênero com pedido de cassação por quebra de decoro

MT:  Vereadora petista diz ser vítima de violência de gênero com pedido de cassação por quebra de decoro
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A vereadora Edna Sampaio (PT), afirmou ser vítima de violência de gênero, após a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Cuiabá apresentar um parecer recomendando a cassação de seu mandato.

A comissão concluiu que Edna teria indevidamente se apropriado da verba de gabinete pertencente à sua ex-chefe de gabinete, Laura Abreu. Edna contestou veementemente os resultados do parecer, argumentando que não existem provas concretas que sustentem as acusações de que teria cometido um delito. Além disso, ela ressaltou que está sendo vítima de uma das formas mais prejudiciais de violência que uma mulher pode sofrer no cenário político.

“Eu só posso dizer para vocês que uma notícia como essa, em um processo longo como esse, em um caso de violência política de gênero, e no mês que nós estamos celebrando ou dando visibilidade à luta contra a violência contra a mulher, eu sou vítima de uma das piores violências que uma mulher pode sofrer dentro de um espaço da política. É um absurdo, uma acusação infundada, resultado de uma denúncia com base em provas ilícitas, provas que, mesmo que fossem lícitas, não provariam absolutamente nada sobre o uso ilícito de recurso da verba indenizatória”, destacou.

Na quinta-feira à tarde, os membros da comissão se reuniram para apresentar o relatório resultante do processo de cassação movido contra Edna, acusando-a de envolvimento em um esquema de apropriação indevida de fundos de verba indenizatória, conhecido como “rachadinha”. Os vereadores concluíram que, durante o período em que Laura Abreu ocupou o cargo, de setembro a dezembro de 2022, Edna teria se apropriado indevidamente de aproximadamente R$ 20 mil, que supostamente deveriam ser direcionados exclusivamente para as atividades dela, e não para as despesas do gabinete, como a vereadora alega.

REVIRAVOLTA

Já na tarde desta sexta-feira (18), a Justiça acolheu o pedido da defesa da vereadora e mandou suspender o trâmite da cassação na Câmara.

“Ademais, constata-se um certo “atropelo” no rito processual ao ouvir as testemunhas antes mesmo de se oportunizar a parte impetrante de indicar as provas que pretendia produzir. À vista do exposto, defiro a liminar vindicada, para determinar a suspensão do PAD nº 22.704/2023, até o julgamento do mérito do presente mandamus. Cumpra-se a liminar, expedindo-se, com urgência, o necessário, inclusive através de oficial plantonista”, diz a decisão.

Fonte:  odocumento.com.br


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