O presidente Luis Inácio Lula da Silva anunciou o Novo Plano de Aceleração do Crescimento, batizado de Novo PAC. Segundo o governo, o programa receberá R$ 1,7 trilhão em investimentos em quatro anos, sendo que nesse valor são considerados recursos da União, de estatais e do setor privado.
Até 2026, é prevista a aplicação de mais de R$ 1,3 trilhão, além de um incentivo às parcerias público-privadas. No total, os investimentos da União serão de R$ 371 bilhões, enquanto outros R$ 343 bilhões virão de estatais e R$ 362 bilhões serão de financiamentos. Por fim, 612 bilhões virão do setor privado.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, disse que os bancos públicos têm cerca de R$ 440 bilhões para financiar projetos. Ele ainda espera que o BNDES chegará a R$ 200 bilhões em empréstimos ao fim do governo de Lula, em 2026.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que, diferentemente de suas duas versões anteriores, o Novo PAC conta com o estímulo por parte do governo para parcerias público-privadas (PPP).
Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que o programa visa desenvolvimento econômico e social aliados à preservação ambiental. “Nasce uma nova maneira de pensar, de governar e de empreender; de viver e de agir ecologicamente, para que o desenvolvimento econômico e social caminhe de mãos dadas com a preservação ambiental”, disse durante o evento de lançamento.
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Setores que vão se beneficiar com o Novo PAC
O plano foi um dos carros-chefes das gestões passadas de Lula e prevê a retomada de obras públicas paradas e a aceleração das que estão em andamento, além do investimento em novos empreendimentos.
Entre as áreas que devem receber investimentos por meio do Novo PAC estão os setores de saúde, infraestrutura, saneamento, transição energética e defesa.
Só a cidade do Rio de Janeiro vai receber R$ 342,6 bilhões para obras ligadas ao setor petrolífero. O governo prevê 16 novas plataformas para desenvolvimento da produção de petróleo e gás natural, 11 gasodutos interligados e 1 gasoduto de escoamento Rota 3, Refinaria Duque de Caxias e moradias do programa Minha Casa Minha Vida.
Além disso, serão feitos investimentos para modernizar a usina nuclear Angra 1, o que demandá R$ 1,9 bilhão, e será estudada a viabilidade de concluir de Angra 3
Já o Estado de São Paulo receberá R$ 179,6 bilhões. Entre os principais projetos estão a construção do túnel Santos-Guarujá; Extensão da Linha 2 Verde do Metrô Vila Prudente–Penha-Guarulhos; Trem de Passageiros São Paulo-Campinas; e moradias do programa habitacional Minha Casa Minha Vida.
Também estão previstos R$ 171,9 bilhões para Minas Gerais para concessão e duplicação da BR 381 – Gov. Valadares-Belo Horizonte; concessões das BR 153, 262 e 040; construção da BR 367 – Salto da Divisa–Almenara; construção da BR 135 – Manga–Itacarambi; e moradias do Minha Casa Minha Vida, segundo comunicados do governo federal.
Os Estados de Sergipe, Amazonas, Pará e Mato Grosso receberão R$ 136,6 bilhões, R$ 47,2 bilhões, R$ 75,2 bilhões e 60,6 bilhões, respectivamente.
*Com informações da Reuters
Fonte: moneytimes.com.br