A vida politica só será transformada, voltada realmente para o BEM COMUM, para a defesa da Ecologia Integral, para a busca e a pratica da Justica e da solidariedade com as pessoas e grupos excluidos e injustiçadas, quando as pessoas de bem, despertarem a consciência de que a omissão política, o ANALFABETISMO POLÍTICO, não constroem a sociedade e o Pais que almejamos. FÉ e POLITICA, FÉ e Cidadania, devem andar lado a lado, de mãos dadas!
Além de cristãos, católicos, evangélicos ou adeptos de outras religiões ou filosofias, também somos eleitores e eleitoras, contribuintes que, com o suor de nosso trabalho pagamos uma enorme e extorsiva carga tributária, cujos recursos são carreados para os Tesouros Nacional, estaduais e municipais, que nem sempre são aplicados com eficiência, parcimônia, eficácia e com as prioridades que o povo requer.
Boa parte desses recursos são surrupiados por esquemas corruptos como vimos ao longo de décadas e décadas no Brasil, em Mato Grosso ou em tantos municípios por esta país afora.
Tudo isso acontece pelas nossas escolhas equivocadas ou de nossa omissão política ou pelas escolhas de candidatos que, após eleitos/eleitas, desviam de suas propostas originais, buscando atalhos nada éticos, para favorecerem seus próprios interesses e não os interesses e aspirações do povo, da população, principalmente das camadas pobres e excluidas.
Nao Podemos deixar que a politica seja sequestrada por corruptos, por interesses de grandes grupos economicos e por mafiosos!
Vejam que belo exemplo A Cáritas de Limoeiro do Norte, no Estado do Ceará, lança Escola de Fé e Cidadania, como forma concreta de mobilizar os fiéis e a população em geral em relação `as próximas eleições municipais.
A Escola de Formação Fé e Cidadania é um espaço e um processo de sensibilização, formação e mobilização de lideranças das comunidades e agentes de pastoral para a dimensão social da fé. Ela leva o nome de São Oscar Romero que é uma grande referência na América Latina e no mundo de cristão e pastor.
No Brasil inúmeras Arquidioceses, Dioceses e Paróquias da Igreja Católica, bem como diversas outras Igrejas Evangélicas, principalmente as que participam do CONIC – Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, tem dado o exemplo de engajamento para despertar nos cristãos quanto `a importância da participação consciente e responsável dos mesmos na vida política local, estadual e nacional.
A Mensagem que embasa este engajamento político está na Bíblia Sagrada, no Evangelho de São Mateus capítulo 5, versos 13 e 14, quando Cristo diz… “Vós sois o sal da terra, mas se o sal se tornar insípido, com o que se há de restaurar-lhe o sabor? Para nada mais presta, senão para ser lançado fora e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada em um monte”, ou seja, cristãos e não cristão não podem se esconder debaixo do manto do comodismo, da omissão e da conivência com práticas políticas que geram exclusão, miséria, violência e degradação ecológica e corrupção como temos assistido em nosso país.
Como Cristãoss, católicos ou evangélicos, para que sejamos testemunhas vivas do amor, da misericórida, da fraternidade, da solidariedade, da justiça e da busca do bem comum que são alguns dos princípios de nossa fé, não uma fé abstrata, mas de uma fé que representa compromisso com a dimensão sóciotransformadora da sociedade, das cidades, municípios , estados e do país em que vivemos, precisamos ser “o sal da terra e a luz do mundo”.
O verdadeiro cristão não pode ser omisso diante da injustiça, da corrupção, da violência, do racismo, do egoismo, da fome, da pobreza e dos fatores que geram miséria e sofrimento humano.
Estamos nos aproximando de um novo período eleitoral, quando os eleitores irão escolher vereadores e prefeitos de 5.568 municípios brasileiros, dos quais 141 estão localizados em Mato Grosso.
Se não estamos satisfeitos como a gestão municipal está ocorrendo em nosos municípios, se temos a consciência da importância das políticas públicas municipais para o enfrentamento e superação dos desafios que tanto angustiam a população, não podemos cruzar os braços, nos omitirmos e apenas reclamar o tempo todo.
Precisamos dialogar, discutir, participar dos debates, propor alternativas em relação `a vida de nossos municípios, indagar quais as propostas que os partidos e os candidatos tem em mente como alternativas para realmar a economia, para gerar emprego, trabalho digno, renda gerada com o trabalho e não assistencialismo manipulador e, mais importante, colocar um fim em tantas mazelas que geram concentração de oportunidades, renda e riqueza em tão poucas mãos, em detrimento da exclusão das grandes massas em nossas cidades.
O momento é agora, amanhã, depois das eleições poderá ser tarde demais.
JUACY DA SILVA, professor titular e aposentado UFMT, sociólogo, mestre em sociologia, ambientalista, articulador da Pastoral da Ecologia Integral. Email profjuacy@yahoo.com.br Instagram @profjuacy Whats app 65 9 9272 0052
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