Analistas políticos avaliam que três candidaturas fortes despontam no horizonte eleitoral e apontam acirramento entre esquerda e direita pelo comando do município como resquício do pleito de 2022
A eleição para prefeito em Cuiabá no pleito de 2024 será acirrada e a disputa precisará de dois turnos para ser resolvida. Esta é a única certeza apostada pelos analistas políticos a partir do cenário eleitoral que já está posto. Dos cinco principais pré-candidatos que buscam viabilizar internamente em seus partidos e alianças suas postulações, pelo menos quatro nomes fortes irão encarar o pleito com reais chances de conquistar a maioria dos votos dos eleitores cuiabanos.
Estão no páreo o deputado Eduardo Botelho (UB), presidente da Assembleia Legislativa, o vice-prefeito José Roberto Stopa (PV), o deputado federal Abílio Brunini (PL), Lúdio Cabral (PT) e Fabio Garcia (UB).
Quer ficar bem informado em tempo real? Entre no nosso grupo e receba todas as noticias (ACESSE AQUI).
Ainda que as candidaturas de fato só serão consolidadas nas convenções em julho de 2024, nos bastidores políticos já estão sendo costurados acordos que colocarão quatro destes cinco nomes à disposição dos eleitores.
A disputa internas no âmbito do União Brasil tendem a se definir com a debandada do grupo oriundo do antigo DEM, do qual Botelho faz parte, provavelmente para uma nova sigla ou para partidos como o PSD e o PP, deixando livre o caminho para o grupo do governador Mauro Mendes, que alavanca a postulação de Fábio Garcia disputam a prevalência de serem o candidato a prefeito do partido.
Já no lado da esquerda, a Federação Fé Brasil, que reúne o PT, PV e PcdoB, também se articula em conversações para definir o seu candidato. A despeito do PT cuiabano reivindicar a primazia de indicar o candidato cabeça de chapa da federação para a Prefeitura de Cuiabá, dificilmente Roberto Stopa será ‘limado’, pois tem a seu favor o apoio tácito do atual prefeito, Emanuel Pinheiro (MDB).
O prefeito, aliás, escorado na grande popularidade conquistada com sua gestão profícua em obras e presença constante nos bairros, é um cabo eleitoral que a esquerda não pode desprezar. Pinheiro e seu grupo pode assegurar algo como 20% do eleitorado, além de trazer não apenas o seu partido para ampliar a permeabilidade eleitoral da candidatura de seu vice, mas inclusive, atrair outros partidos de centro esquerda que hoje apoiam a sua administração. Com base nestes dados é que observadores políticos consultados pela reportagem do CO Popular cravam que, na soma dos votos de fora da bolha petista, Stopa leva vantagem imbatível sobre qualquer nome do PT no momento e deve ser o candidato da Federação.
A candidatura do deputado federal Abílio Brunini a prefeitura cuiabana é a única que, na prática, já está efetivamente sacramentada. Ainda que o vereador Chico 2000 venha sinalizando com insistência que irá para as convenções brigar pela indicação do PL, dificilmente ganhará o aval dos bolsonaristas radicais que hoje controlam o partido no estado e na capital. Abílio é o nome mais forte até o momento nas pesquisas e parece imune às pesadas críticas que vem recebendo por suas declarações e comportamentos ofensivos na Câmara Federal.
Abílio foi o candidato a deputado federal mais votado em Cuiabá em 2022 amparado na mesma estratégia de radicalismo oposicionista, causando escândalos e provocando tumultos por onde passava que o havia elegido para a Câmara de Vereadores. No Congresso Nacional, ele tem mantido a mesma postura, atuando como se fosse um “vereador federal” e não um deputado.
Olhando apenas os números das pesquisas mais recentes sobre a sucessão de Emanuel Pinheiro na prefeitura cuiabana, a sinalização é de que Botelho, Abílio e o candidato da Federação PT, PV e PcdoB (Stopa ou Ludio) irão polarizar a disputa. Resta saber quais serão, efetivamente, os nomes que passarão para o segundo turno.
Fonte: copopular.com.br