O tártaro é um dos problemas de saúde mais comuns em cães e gatos e, apesar de parecer inofensivo, merece toda a atenção e o acompanhamento do tutor. Como nos humanos, seu acúmulo provoca a doença periodontal e traz mau hálito, dores, infecções, sangramentos e redução da gengiva do animal, prejudicando a estrutura dos dentes, que podem até cair nos casos mais graves. Além disso, ele também pode acarretar distúrbios em órgãos, como coração, fígado e rins, e nas articulações.
Dentes dos pets devem ser escovados diariamente
A prevenção do desenvolvimento do tártaro é sempre o melhor caminho e é importante que o tutor crie o hábito da escovação diária dos dentes dos seus pets. Hoje, há escovas e pastas específicas para animais de estimação, que devem ser usadas. Há biscoitos e snacks que também ajudam na limpeza e prevenção.
“Da mesma forma que nós, humanos, temos a necessidade de escovação diária, o pet também precisa. Sem a limpeza, em 48 horas, a placa bacteriana se consolida e a remoção vai ficando cada vez mais difícil e dolorasa”, explica o veterinário e cirurgião Hebert Justo.
Mesmo com a escovação diária, o tutor precisa ficar atento ao tártaro no seu bichinho porque, nos pontos difíceis de limpar, a placa vai se formar e só será removida por um especialista. “Com os pets, ocorre como em nós: por mais que a escovação seja boa, ela nunca atinge 100% e, periodicamente, precisamos ir ao dentista remover a placa bacteriana. A cada dois anos, em média, é necessário fazer essa profilaxia no animal. É um cuidado de toda a vida”, diz.
O veterinário ainda explica que, quando a profilaxia não é feita como rotina, os animais ficam sujeitos a extrações, exposição da raiz e retração da gengiva, que são mais dolorosas. As raças “toys”, como Yorkshire e Lulu da Pomerânia, são mais sujeitas ao tártaro e, de maneira geral, quanto mais senil o animal, maior a probabilidade de desenvolver o problema.
Anestesia e intubação
Outro passo importante do tutor é a escolha com cuidado do local onde o procedimento será realizado. Isso porque, em pets, a remoção do tártaro é mais difícil e precisa ser feita com os mesmos cuidados de uma cirurgia: o animal precisará de anestesia geral e de intubação.
“A intubação é importante para manter o animal ventilado na anestesia. E, se a gente tentar fazer o procedimento sem anestesia, há o risco de ele aspirar a placa bacteriana removida e desenvolver uma pneumonia broncoaspirativa, o que coloca sua vida em risco”, explica Hebert Justo.
Fonte: gazetadigital.com.br