Episódio ocorreu durante a CPMI do 8 de janeiro; Abilio Brunini (PL-MT) nega as acusações
A Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido para que o deputado federal Abilio Brunini (PL-MT) seja investigado por suposta prática transfóbica e de violência política e de gênero contra a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro.
No pedido enviado à PGR, a procuradora Raquel Branquinho justificou a abertura da apuração com base na classificação de crime de violência política de gênero.
Ainda assim, ressaltou que os fatos dependem de apuração, incluindo análise do “sistema audiovisual do local onde se estabeleceram os debates, das câmeras de filmagens, depoimentos de testemunhas, dentre outras diligências cabíveis”.
Agora, a PGR, responsável por apurar eventuais desvios de conduta dos parlamentares, investigará o episódio que aconteceu durante uma sessão da CPMI do 8 de janeiro na semana passada.
O deputado foi acusado por outros parlamentares de ter feito um comentário homofóbico contra Hilton ao dizer que ela estaria “oferecendo seus serviços”. A fala, feita fora dos microfones, veio logo depois de ela afirmar que o parlamentar precisava “tratar sua carência” em outro lugar.
Depois do episódio, o PSOL chegou a apresentar um pedido de cassação do mandato de Brunini à presidência da Câmara dos Deputados por quebra do decoro parlamentar. A defesa da deputada alega que o parlamentar cometeu o crime de violência política de gênero.
À CNN, Abílio Brunini afirmou que ainda não foi notificado sobre a investigação e negou que seja possível comprovar a acusação de transfobia.
Fonte: cnnbrasil.com.br