O Sispmur promoveu, ao longo desta semana, um ciclo de formação para Agentes Comunitários de Saúde e Endemias. O encontro ocorreu de segunda-feira (05) até quarta (07) na sede do Sindicato
O objetivo da ação é municiar os trabalhadores com informações sobre legislação trabalhista, condições de trabalho e uso correto dos EPIs.
“Foram dias bem proveitosos. Trabalhamos muito a questão da vida funcional do servidor. Tenho certeza de que esses servidores saíram do curso bem mais tranquilos com relação às garantias da legislação e também dos seus direitos, que muitas vezes são atropelados pelo município”, conta Geane Lina Teles, presidente do Sispmur.
A sindicalista afirma que os profissionais estão indo a campo, com condições mínimas para exercerem suas funções. “Depois de confirmar com vários colegas é nítido que faltam EPIs, água potável, banheiro químico. Precisa ainda rever a questão do auxílio transporte para aqueles trabalhadores que se deslocam nos mutirões, quando não tiver disponibilidade de transporte. É um descaso atrás do outro”, critica.
Outro ponto levantado é a falta da realização de exames de colinesterase, como determinado pelas Portarias do Ministério da Saúde nº 1199/99 e nº 1172/2004, além Portaria MS nº 1378 de 09 de julho de 2013.
De acordo com o governo federal, Agentes de Controle de Endemias que trabalham com a execução das atividades de controle vetorial, que utilizam inseticidas inibidores da colinesterase sanguínea, deverão ser submetidos a exames regulares para monitoramento periódico.
“Esse tipo de exame deveria ser realizado no intervalo de seis meses. No entanto, foi repassado que a análise clínica não está acontecendo dentro deste período. Isso é extremamente grave! Esse tipo de exame é a melhor forma de identificar se o trabalhador exposto a produtos químicos sofreu algum tipo de intoxicação”.
O Sispmur já confeccionou um ofício para a Prefeitura de Rondonópolis cobrando esclarecimentos sobre os relatos dos Agentes, bem como um prazo para a solução do problema.
“É preciso ter um pouco mais de consideração com essas pessoas. São centenas de trabalhadores correndo pelas ruas de Rondonópolis, exercendo um papel fundamental na sociedade. Ao longo de toda a formação ninguém reclamou de salário. Eles querem apenas respeito e uma boa condição para desenvolverem suas funções”, completa Geane.
Fonte: atribunamt.com.br